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Em um dos principais palcos da Copa do Mundo de 2002, o World Cup Stadium, em Seul, a seleção brasileira tentará neste sábado, às 8 horas (de Brasília), superar a sempre perigosa equipe da Coreia do Sul, já classificada para o Mundial do ano que vem, e o cansaço provocado pela viagem ao outro lado do planeta. Será mais uma boa oportunidade para o técnico Luiz Felipe Scolari treinar a sua equipe para a Copa de 2014.
Entre dar mais horas de voo à equipe que considera titular e testar alternativas, Felipão ficou com a primeira opção. Ele deixou claro nesta sexta-feira que a sua prioridade é dar mais entrosamento ao time que ganhou a Copa das Confederações, que só não estará completo porque lesões obrigaram o treinador a deixar Julio Cesar, Thiago Silva e Fred fora da convocação. De resto, é a equipe que fez a mais impactante atuação da seleção do Brasil nos últimos anos - os já históricos 3 a 0 sobre a Espanha, no Maracanã.
Para mexer o menos possível na formação que considera ideal, Felipão não vai trocar Hulk por Ramires, como havia dado a entender nos primeiros dias de treinos na Coreia do Sul. A utilização do volante do Chelsea como meia aberto pela direita agrada muito ao treinador, mas nem por isso ele colocará no banco de reservas o robusto atacante do Zenit St.Petersburg.
"Hulk é mais atacante e Ramires é mais de prender a bola. Taticamente, o Ramires é mais equilibrado, mas ficamos sem uma jogada de mais força. E temos isso com o Hulk", explicou o técnico. "Em princípio, devo sair com a equipe-base da Copa das Confederações. Com o passar do jogo, vou fazer as trocas que acho necessárias. Coisas que eu quero observar nesses dois jogos", falou o gaúcho, referindo-se também à partida contra Zâmbia, nesta terça, em Pequim, na China.
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Neymar, a estrela da companhia, teve a sua presença no amistoso confirmada nesta sexta. O jogador do Barcelona levou uma pancada no quadril na última quinta e a comissão técnica da seleção temeu perdê-lo para o jogo contra os sul-coreanos, mas na véspera do confronto o ex-santista treinou normalmente e estará em campo.
Cansaço
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Uma coisa que deixou Felipão muito contrariado foi ser obrigado a viajar até a Ásia para disputar os dois amistosos. Ele deixou claro que preferia que as partidas fossem realizadas na Europa, continente onde jogam quase todos os convocados - quem decide onde a seleção joga é a empresa que comprou da CBF os direitos de organizar os amistosos da equipe nacional.
"Gostaríamos de ter jogado na Europa, pois estaríamos a seis, sete horas do Brasil. Estamos falando com as pessoas que comandam esses jogos, principalmente para a empresa que coordena os jogos, para pensar na parte técnica, que é importante", comentou o treinador. Por causa do cansaço causado pela viagem, Felipão não conta muito com uma grande atuação de sua equipe. "O fuso é o maior inimigo. A rotina muda, a forma de jogar muda. A coordenação é afetada".
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