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A sequência atual do Corinthians já é pior do que aquela que derrubou Adilson Batista em 2010. Como o antecessor, Tite acumula cinco partidas consecutivas sem vitória, mas com quatro derrotas e um empate – a diretoria aguentou três derrotas e dois empates antes de demitir o ex-zagueiro.
Uma das críticas mais recorrentes a Adilson era ligada às mudanças constantes, com troca de posição entre os atletas. O comportamento lhe rendeu o apelido pejorativo de Professor Pardal, em referência ao simpático e atrapalhado inventor das histórias em quadrinhos.
O momento atual da equipe do Parque São Jorge aponta a necessidade de alterações, mas Tite tem métodos bem diferentes dos usados pelo treinador que substituiu há três anos. Ele cogita uma reestruturação tática no time com o qual conquistou o Mundial do ano passado, porém à sua maneira.
“É hora de procurar nomes, ter o retorno de alguns jogadores, projetar outra forma de atuar, ter um sistema remodelado... O jeito é persistir, trabalhar e buscar uma forma criativa, mas sem ser Professor Pardal”, afirmou o gaúcho, adepto do 4-2-3-1 na maioria das ocasiões.
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O problema é que, com Guilherme e Renato Augusto ainda machucados e longe do retorno, faltam opções para reformular o esquema. No momento, Tite só tem à disposição um volante em quem confia – Ralf –, o que inviabiliza o 4-4-2 com um losango no meio-campo. Foi assim que o time terminou 2010, com Ralf, Elias, Jucilei e Bruno César formando o polígono.
O 4-4-2 com dois meias abertos – com o qual o Corinthians fez uma de suas melhores partidas na temporada, a vitória por 3 a 0 sobre o Tijuana – também é difícil de ser implantado sem Renato Augusto. Há dois armadores disponíveis, mas só Danilo tem a facilidade de atuar pelo lado. Douglas é central.
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Enquanto não encontra a fórmula, Tite vai mexendo durante o jogo. Na derrota para a Ponte, ele começou com um armador central e jogadores de velocidade pelos lados. Depois, trocou um dos velozes atacantes por Danilo. A equipe melhorou no segundo tempo, mas acabou levando dois gols no finalzinho.
É provável que o time seja no domingo, contra o Cruzeiro, próximo do que atuou na etapa final em Campinas. Com Guerrero suspenso, é possível projetar a seguinte formação: Cássio; Edenílson, Gil, Paulo André e Igor; Maldonado e Ralf; Danilo, Douglas e Emerson; Pato.
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