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Está nos pés dos jogadores do Palmeiras a chance de não dar ao torcedor o pior centenário possível. Na última partida da temporada que seria histórica por tudo que o campeão do século XX fez ao longo desses 100 anos, o frágil elenco montado para 2014 volta ao Palestra Itália para enfrentar o Atlético-PR, às 17 horas (de Brasília) deste domingo, e eliminar a chance de rebaixamento no Brasileiro.
A equipe chega à última rodada a um ponto e uma posição da zona de descenso. Para escapar, basta vencer um adversário que já não briga por nada na competição. Contra o Verdão, também pesa a sequência de cinco derrotas, uma delas diante do Sport, na reabertura do estádio alviverde – única partida no local até agora neste ano.
Se os comandados de Dorival Júnior não fizerem sua parte, como tem ocorrido desde sua última vitória, em 3 de novembro, sobre o Bahia, a salvação ainda é possível. Caso Vitória e Bahia não vençam Santos e Coritiba, respectivamente, o Verdão fica na primeira divisão mesmo se perder de novo.
Como o Atlético-PR trava brigas judiciais contra o Vitória, a possibilidade de prejudicar os baianos facilitando o jogo foi comentada ao longo da semana. O Palmeiras, por sua vez, não acreditou nos boatos, fechou seus treinos e só espera que a torcida, que vaiou e xingou o time no Palestra Itália diante do Sport, apoie, deixando de lado o temor de invasão de campo e agressões em caso de novo rebaixamento.
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“Temos um respeito muito grande pelo Atlético-PR e, com certeza, teremos um jogo mais do que difícil, por todo emocional e circunstâncias. Será complicado, mas contamos muito com o apoio do torcedor. Se não jogar do nosso lado, teremos um desconforto muito grande ao longo dos 90 minutos”, indicou Dorival.
O desconforto do técnico já existe por conta de seu time. Se falta qualidade ao elenco, existe a quase permanente dúvida em relação a Valdivia, que só atuou no sacrifício em um dos últimos quatro jogos, voltou a sentir dores na coxa esquerda e não sabe se entrará em campo. Mazinho é uma opção.
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Como desfalques certos, o técnico não conta com Bruno César e Allione, suspensos, e Tobio, Marcelo Oliveira, Eguren, Leandro e Rodolfo, machucados. Diante do que tem em mãos, pode promover Gabriel Dias alternando como zagueiro e volante ou apostar em um trio de marcadores no meio-campo. Mouche, Diogo e Cristaldo brigam por vaga ao lado de Henrique no ataque.
Desinteressado na partida em relação a rebaixamento ou vaga para Libertadores, com um lugar garantido entre os dez primeiros colocados e, teoricamente, sem vontade de ajudar o Vitória na luta contra a degola por conta de desentendimentos entre as diretorias, o Furacão será uma incógnita em campo. No discurso, o técnico Claudinei Oliveira garantiu a motivação, mas na prática apenas uma luta por espaço no elenco visando 2015 pode deixar o time mais competitivo.
Com a ideia de mexer em quase todas as posições, a escalação se transformou em um mistério. O atacante Marcelo e o lateral Sueliton não devem viajar e aumentam os boatos sobre uma possível transferência. Oficialmente, ambos passaram por procedimentos odontológicos e oftalmológicos, respectivamente. Os volantes Deivid, machucado, e Hernani, suspenso, também estão fora do confronto. Já o zagueiro Gustavo será reavaliado e é dúvida, podendo abrir espaço para a entrada de William Rocha.
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Mesmo com várias mudanças previstas, o treinador rubro-negro garante que não se trata, com isso, de definir os rebaixados, já que a situação delicada dos clubes que ainda brigam na ZR foi definida ao longo de 37 rodadas já disputadas. “Não é a maior gota que derrama o copo. É a última gota. Para alguém a água vai transbordar na última rodada. Não é Atlético e Palmeiras, Vitória e Santos ou Coritiba e Bahia que vão definir o rebaixamento”, avaliou.
Claudinei ainda tentou tirar um pouco do peso da partida – o que na prática parece ser improvável – traçando um paralelo com a Fórmula 1, na qual a última corrida teve pontuação dobrada, e criticou quem colocou em dúvida as intenções do clube em relação aos baianos. “Todos os jogos valaram três pontos igual. Não é igual Fórmula 1, que teve pontuação dobrada na última corrida. São três pontos. Um jogo normal. Se fosse no meio do campeonato ninguém falava nada”, concluiu.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS X ATLÉTICO-PR
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Local: Palestra Itália, em São Paulo (SP)
Data: 7 de dezembro de 2014, domingo
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS)
Assistentes: Marcelo Bertanha Barison e Jose Antônio Chaves Franco Filho (ambos do RS)
Assistentes adicionais: Francisco de Paula dos Santos Silva Neto e Diego Almeida Real (ambos do RS)
PALMEIRAS: Fernando Prass; João Pedro, Lúcio, Nathan e Juninho (Gabriel Dias); Renato, Victor Luis, Wesley e Valdivia (Mazinho); Diogo (Mouche) e Henrique
Técnico: Dorival Júnior
ATLÉTICO-PR: Weverton; Mário Sergio, Gustavo (William Rocha), Cleberson e Natanael; Paulinho Dias, Otávio, Bady (Nathan) e Marcos Guilherme (Mosquito); Cléo (Dellatorre) e Douglas Coutinho
Técnico: Claudinei Oliveira
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