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Não será neste sábado que o santista conhecerá seu novo presidente para o próximo triênio. Devido a indícios de fraude, o presidente da Assembleia Geral Ordinária Paulo Schiff se reuniu com os cinco candidatos e foi decidido a anulação da votação. Com isso, os sócios do clube terão que voltar no próximo sábado para exercerem seu direito de voto e, assim, se tudo ocorrer bem, definir o sucessor de Odílio Rodrigues.
"Nós tivemos dois tipos de problemas: o primeiro com o funcionamento das urnas eletrônicas e, depois, com as urnas de cédulas de papel. Já seria uma apuração complicada e ainda houve uma denúncia em que um dos mesários depositou votos nas urnas. Então, em uma reunião foi tomada a decisão de suspensão. Ela será retomada no sábado que vem. Começamos no sábado que vem, iremos até às 20h. Muitos não conseguiram votar, é um problema grave pela confiabilidade de uma apuração mista entre cédulas de papel e urnas eletrônicas. A credibilidade do sistema estava abalada hoje", explicou Schiff.
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Cronologia
A Assembleia foi iniciada com 40 minutos de atraso e gerou muita reclamação dos sócios. Com a necessidade de se obter 100 assinaturas para começar o pleito, sendo que a preferência era dada para as pessoas com 65 anos ou mais, o processo só começou as 10h40 deste sábado.
Depois disso, as dez urnas eletrônicas, alvos de tanta insatisfação dos candidatos opositores, passaram a apresentar problemas no sistema, que trabalhava muita lentidão, até chegar ao ponto da Assembleia ser obrigada a abolir a ideia e dar continuidade com cédulas de papel.
E ai outro problema foi identificado de prontidão. Com a possibilidade de quase 17 mil sócios votarem no Salão de Mármore da Vila Belmiro, as sete mil cédulas que o clube detinha não seriam suficientes.
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Mas o estopim aconteceu quando um mesário foi acusado por uma sócia de ter inserido dois votos na urna 7. O mesário, que é ligado ao grupo situacionista, foi suspenso e uma confusão generalizada estourou no Salão. A revolta de todos os candidatos e seus apoiadores ficou incontrolável e, depois dos cinco se reunirem com o presidente da Assembleia, ficou definida a anulação do pleito, já marcada para o próximo sábado, das 10h as 20h, ou seja, com duas horas a mais do que era previsto para este sábado.
Repercussão
“É coisa de incompetente. Eles provaram isso durante os cinco anos de gestão. Nós estamos alertando, todos são incompetentes. É uma vergonha. Foi a maior vergonha da história social do Santos. Uma página negra na história. Tinham que ter vergonha e tinham que pedir demissão hoje. Todos eles. Diretoria e conselho”, disse o candidato Modesto Roma Jr, da chapa Santos Gigante.
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“Triste. Lamentável. O Santos deveria estar nas páginas esportivas, mas vamos acordar amanhã e ver o Santos nas paginas policiais. Pegaram o cara (o mesário) e o esconderam, mas ele deveria botar a cara aqui. Ele fez um fato lamentável. Pessoas que vieram votar, gastaram dinheiro e agora a eleição está cancelada. A gente tem que respeitar o direito do sócio. Vem sujeito e coloca dois votos numa urna. É uma mal elemento, deveria estar preso, é caso de prisão, é falsidade ideológica. É passivo de exclusão”, bradou José Carlos Peres, da chapa Santos Vivo, antes de complementar. “Esse clube precisa tomar decisões duras para ser respeitado no mercado. O clube não tem patrocinador máster por causa disso. Quem vai confiar no clube? Eles não conseguem fazer eleição. Claro que foi fraude”, ressaltou.
Orlando Rollo, da chapa Pense Novo Santos, deixou a Vila Belmiro indignado.
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“A atual administração não teve a competência nem de organizar um processo eleitoral. Estou envergonhado, é lamentável. Essa tal de urna eletrônica parando de funcionar a cada minuto, aí vai para cédula, acaba a cédula, acaba a caneta...depois que o mesário colocou dois votos em uma urna, não tinha mais condição de continuar o processo”, explicou, avisando que no próximo sábado serão usadas as cédulas de papel desde o início. “Essas urnas, pode esquecer. Serão defenestradas. Vai ser voto de papel, isso já foi decidido na reunião como os representantes dos candidatos”, avisou.
Nabil Khaznadar, da chapa Avança, Santos!, apoiada pela situação, e Fernando Silva, da chapa Mar Branco, votaram em São Paulo.
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