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Bastou Rogério Ceni marcar um gol no último sábado para que a torcida do São Paulo passasse a cantar e pedir que o goleiro mais uma vez adie a aposentadoria. Um dos articuladores para que o capitão desistisse de parar no ano passado, Muricy Ramalho dessa vez não vê chances da história se repetir.
Ao falar sobre o desempenho do goleiro e da possibilidade dele mais uma vez repensar a aposentadoria, o treinador revelou que a condição física de Rogério não é mais a mesma. A diferença, segundo Muricy, é que o jogador vem sentindo muitas dores ao longo do ano.
"Eu conheço ele bem, só que agora ele sente algumas dores. Ele é um cara que não adianta falar para ele descansar, ele vai treinar. Ele é muito intenso no que faz, só que dói, machuca. Jogo não é fácil. No ano passado eu fui o cara que comecei essa conversa e todo mundo comprou essa ideia, mas acho que ele se sentia melhor. Dessa vez acho que ele está mais preparado para parar. Ele ainda é um dos melhores do Brasil, mas estamos vendo que ele sente algumas dores", disse Muricy.
Aos 41 anos, Rogério tem, no melhor dos cenários, mais 15 jogos como profissional. Para isso acontecer, o São Paulo chegar à final da Sul-Americana. No Brasileiro, restam apenas nove partidas.
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Ainda assim, a partida contra o Bahia mostra que mesmo veterano, a pontaria e os reflexos continuam em dia. Além de boas defesas, Rogério também voltou a marcar um gol de falta, o primeiro desde julho do ano passado. Técnico na ocasião em que o ídolo marcou pela primeira vez, Muricy relembrou quando Ceni sequer imaginava um dia chegar a 123 tentos marcados na carreira.
"O mérito é dele, eu só tive a coragem de colocá-lo para bater falta lá atrás. A gente não fazia gol de falta e eu via o Rogério treinando todo dia. Estávamos na preleção num amistoso e um dirigente estava lá, quando disse que o Rogério bateria a falta ele quase caiu da cadeira. Mas tomara que ele continue marcando."
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