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Dunga: "Neymar é capitão porque sabe lidar bem com a pressão"

Para o técnico, a maior responsabilidade que acompanha a braçadeira vai contribuir para o crescimento do atleta de 22 anos

Publicado em 23/12/2014 às 16:29

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O técnico Dunga revelou que escolheu Neymar para ser o novo capitão da seleção brasileira para reduzir a pressão sobre os demais jogadores da equipe, ainda abalados pelo fiasco na Copa do Mundo. Para o treinador, o atacante do Barcelona é um dos poucos do grupo que aguenta bem a pressão, apesar da juventude.

"Ele é novo, uma referência do futebol brasileiro e mundial tecnicamente. Depois de todos os problemas que o Brasil teve por causa desta questão de liderança, nós tiramos o foco dos outros que estavam sendo pressionados e colocamos o Neymar porque ele sabe trabalhar bem com a pressão, com a cobrança", explicou Dunga, em entrevista ao canal Sportv.

Para Dunga, a maior responsabilidade que acompanha a braçadeira vai contribuir para o crescimento do atleta de 22 anos. "Ele não se intimida, para ele não muda nada. Com a faixa de capitão, ele incorporou mais (o espírito da equipe), se sentiu mais responsável e está tendo ajuda de outras lideranças", afirmou, sem citar nomes.

A opção por Neymar gerou uma das primeiras crises dentro da seleção brasileira, na nova era Dunga. Thiago Silva, capitão do time na Copa, reclamou publicamente que não foi avisado sobre a perda do posto de líder do time. As críticas alcançaram Dunga e até Neymar, provocando mal estar dentro do grupo.

Para o treinador, o atacante do Barcelona é um dos poucos do grupo que aguenta bem a pressão, apesar da juventude (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Ao se justificar sobre a escolha por Neymar, Dunga afirmou que tinha carta branca para reconstruir a seleção "do zero". "Quando eu cheguei na seleção brasileira, o presidente (da CBF, José Maria Marin) me pediu para trabalhar do zero. As minhas escolhas seriam as minhas escolhas. Quando eu cheguei, o Thiago estava machucado, não estava jogando, e a gente colocou o Neymar (como capitão)", afirmou.

"Em uma empresa, quando chega um diretor novo, ele fecha as funções. Ele não vai explicar por que trocou para o caboman, não vai explicar para o jornalista. Então, se eu tivesse que explicar para todo mundo, eu tinha que, por respeito, explicar para todos os jogadores que não foram chamados. Eu tinha que ter chamado o Fred, uma série de jogadores, e explicar. E existem certas coisas na nossa vida que não precisam de explicação. Os fatos já dizem tudo", argumentou o técnico.

Desde que reassumiu o comando da seleção, que anteriormente ele deixou após a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010, Dunga acumulou seis vitórias em seis jogos disputados, sendo um deles diante da Argentina de Messi na final do Superclássico das Américas.

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