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O técnico Dunga e o coordenador Gilmar Rinaldi criticaram nesta quinta-feira (17) a participação de atletas numa celebração dentro do hotel da seleção nos EUA neste mês.
Antes de o time nacional vencer os norte-americanos, por 4 a 1, em Boston, o missionário Guilherme Batista orou com os jogadores numa área destinada aos familiares dos atletas.
A revelação foi feita pelo próprio missionário, que publicou vídeos nas redes sociais. Ele ainda agradeceu ao meia Kaká e ao zagueiro David Luiz pelo convite para encontrar os atletas. Kaká foi um dos ausente na lista de convocados para a disputa das eliminatórias.
"Ele [o pastor] não estava na seleção. Não concordamos e nem deixamos acontecer isso", afirmou Dunga.
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"A seleção não é local de exposição religiosa, política. Estamos representando o nosso país", acrescentou.
O treinador ainda teve uma foto ao lado do pastor publicada pelo religioso nas redes sociais. Na legenda da imagem, Batista diz que estava tomando café com "o chefe".
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"Vou explicar aquela imagem. Estava tomando um café e ele pediu para tirar uma foto. Para minha surpresa, quando eu vi nas redes sociais, ele quis induzir o torcedor dizendo que eu era chefe dele. Veja quanto uma palavra mal colocada pode representar? Não temos relação", afirmou o técnico.
O coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, também censurou a realização da cerimônia no hotel.
"A seleção brasileira não é o lugar para esse tipo de manifestação. É claro e simples: a seleção não é o local para fazer a ideologia de A ou B. Respeitamos todas as correntes, apenas achamos que aqui não é o local disso", disse Rinaldi.
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Apesar de ter se irritado com a cerimônia no hotel, Dunga negou que tenha deixado Kaká de fora da lista por causa do ato religioso.
"Avaliamos na seleção a condição física, tática e técnica. Mas como qualquer um, como meus filhos, quando você erra, não terá a cabeça cortada", disse o treinador.