Dorival corta qualquer tipo de empolgação santista antes do clássico

Neste domingo, Santos e Corinthians se enfrentam na Arena de Itaquera, às 11 horas, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. O clássico é fundamental para os dois alvinegros, já que o Timão defende sua liderança e o Peixe sonha em chegar ao G4. Por isso, Dorival Júnior pede seriedade ao seu grupo e pede para os números serem esquecidos neste momento, já que muitos estão colocando um certo favoritismo em cima dos santistas em função das últimas atuações e principalmente pelo retrospecto de ter vencido o rival três vezes, além de um empate, só neste ano. 

“Retrospecto não acrescenta nada. Foi há quase um mês a vitória na Arena. Não tem qualquer ligação. Era outra proposta de jogo, após a vantagem que conquistamos na Vila. Eles pouparam alguns jogadores e agora defendem a liderança do campeonato”, alertou o treinador, citando o duelo recente que credenciou o Santos às quartas de final da Copa do Brasil. 

A goleada em cima do Atlético-MG na quarta, que acabou colaborando pela vantagem corintiana na ponta da tabela de classificação, também é outro fator que contribui para esta quase inevitável empolgação, principalmente por parte do torcedor. 

“Cada jogo tem seu peso. O primeiro tempo foi muito igual. Atlético criou, perdeu. Nós, também. E abrimos o placar em jogada individual. No segundo tempo, dominamos”, comentou Dorival, citando até uma derrota da equipe para cobrar foco total no clássico deste domingo.

“Nós perdemos o jogo da Ponte e não carregamos o enterro para quarta-feira. O Santos tem que fazer muito para voltar a jogar bem contra o Corinthians. Jogador não pode lamentar ou comemorar por muito tempo. Nós não temos esse perfil, nem tempo para isso. Resultados são construídos. Cada jogo tem uma história diferente”. 

Mas o que não dá para negar é o bom futebol que o Peixe tem apresentado mesmo diante de uma sequência de jogos bastante desgastante. Dorival refuta o rótulo de “melhor time do país”, mas reconhece os méritos de sua equipe. 

“O Santos resgatou o respeito. Alcançou equilíbrio e joga um futebol de alto nível. Não sei se é o melhor, mas estou muito satisfeito. O time constrói, não acha os seus gols. Troca de passes, movimentações. Algumas trabalhadas, outras de improviso. Isso sim nos deixa muito satisfeitos”, concluiu.