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A polícia cumpre desde a madrugada mandados de prisão contra cinco torcedores, além de busca e apreensão. A investigação tem como objetivo encontrar as pessoas presentes na invasão do CT
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A diretoria do Corinthians acredita que as prisões de torcedores suspeitos de envolvimento na invasão do CT Joaquim Grava só foram possíveis graças à ajuda do clube à investigação. Na manhã desta quinta-feira, o diretor de negócios jurídicos do Alvinegro, Luiz Alberto Bussab, negou que a colaboração do clube na investigação possa gerar uma reação de organizadas.
“Acredito que seja um benefício às torcidas identificar quais são os infratores dentro delas. As uniformizadas têm 100 mil ou 200 mil filiados e meia dúzia pode estar estragando o restante. As torcidas se prontificaram na polícia a identificar os invasores. Assim, acredito até que prestamos um serviço a elas”, afirmou o dirigente, antes de participar de um debate sobre violência no futebol, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil.
Bussab ainda citou a colaboração do clube na investigação. “Isso é resultado, porque entregamos todas as fotos e os documentos que pudemos reunir. Nós levamos mais de quatro pessoas para serem ouvidas por dia em vários dias seguidos. A partir daí, a doutora Margarete (Barreto, delegada) iniciou o inquérito que resultou nessas detenções de hoje”.
A polícia cumpre desde a madrugada mandados de prisão contra cinco torcedores, além de busca e apreensão. A investigação tem como objetivo encontrar as pessoas presentes na invasão do CT, no dia 1º de fevereiro. Apesar da colaboração, Bussab preferiu não falar das possíveis punições aos identificados.
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“O Corinthians não espera por prisões, mas por punição, seja ela qual for, a todos os culpados. Quem prende e penaliza é a Justiça, e quem investiga é a polícia e o Ministério Público”, comentou.
O dirigente ainda afirmou que o caso prova que não há submissão do clube às torcidas. “Nossa relação continua a mesma. São duas instituições independentes que eventualmente conversam, mas não há nenhum tipo de interferência. São independentes, haja vista que o presidente Mário Gobbi levou a documentação para a apuração dos fatos”.
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Bussab também afirmou que, se houvesse uma relação mais estreita, o CT não teria sido invadido. No entanto, o dirigente explicou que o clube vai manter um contato amistoso com as uniformizadas. “Podemos sentar e dialogar, não significa ter amizade, conivência ou submissão. Cada um tem sua instituição”, completou.