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A cada jogo aumenta a certeza do torcedor do Santos de que está a caminho a terceira geração dos Meninos da Vila com Gustavo Henrique e Jubal na zaga; Alan Santos, Leandrinho, Lucas Otávio, Léo Cittadini e Pedro Castro no meio; e Neilton, Giva e Gabriel no ataque. A primeira de Pita, Juari, Nilton Batata, entre outros, campeã paulista de 1978, teve o comando de Chico Formiga, um treinador da casa. Por coincidência, a terceira também. Claudinei Oliveira, de 42 anos, foi campeão com esses garotos no sub-15, sub-17, sub-20 e na Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano e ao substituir interinamente Muricy Ramalho, em vez de pedir reforços, apostou nos jogadores formados no clube.
"Estamos satisfeitos com o trabalho de Claudinei. O time já tem outra postura graças ao seu método moderno de treinamento e ninguém conhece melhor a meninada do que ele", elogiou o vice-presidente Odílio Rodrigues. Ao apresentar Claudinei como "responsável" pelo time após a demissão de Muricy Ramalho, o dirigente salientou que ele não seria interino e nem treinador tampão, ao mesmo tempo em que o clube tentava trazer do exterior um técnico capaz de fazer uma reformulação total no time e evitar a queda do clube para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Em menos de dois meses, a ideia de contratar um técnico famoso foi abandonada, Claudinei Oliveira teve aumento salarial e se o time continuar vencendo, a diretoria vai ser obrigada a efetivá-lo. Em oito jogos sob o seu comando, o Santos ganhou quatro, empatou três e sofreu apenas uma derrota, além de ter se classificado para as oitavas de final do Copa do Brasil. E a sequência de adversários não foi fácil: Grêmio, Criciúma (em Santa Catarina) e Atlético Mineiro antes da paralisação do Brasileirão durante a Copa das Confederações; São Paulo, Crac-GO (na Vila Belmiro e em Catalão), Portuguesa e Coritiba.
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A ascensão do time mudou até o comportamento dos dirigentes nas contratações. Depois dos laterais Cicinho e Mena e de Thiago Ribeiro, está faltando mais um meia-atacante para completar o pacote de quatro reforços pontuais. Mas a direção não quis entrar na disputa com o Olympiakos, da Grécia, pelo atacante argentino Javier Saviola e no momento não trata de nenhuma contratação.
A razão é que Claudinei Oliveira parece não fazer tanto questão da chegada de mais jogadores. "Se é trazer por trazer, vamos pegar na base. Repito o que falei ao iniciar o meu trabalho: o elenco do Santos é bom e temos os jovens que vão evoluir", afirmou o treinador.
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