Continua depois da publicidade
Mano Menezes dançou no gramado de Itaquera na vitória por 2 a 0 do Corinthians sobre o Atlético-MG, em 1º de outubro, e começou sua entrevista dizendo estar “de bom humor para caramba”. Nessa mesma entrevista, ao negar ter um estilo defensivo, ironizou a estratégia do desafeto Luiz Felipe Scolari na derrota por 7 a 1 do Brasil para a Alemanha. “Sabe como terminou, né?”, sorriu.
Duas semanas depois, na noite da última quarta-feira, o treinador foi ao Mineirão do histórico vexame de Felipão com a Seleção. No confronto de volta com o Atlético-MG, pelas quartas de final da Copa do Brasil, seu time saiu na frente e determinou que a eliminação só seria possível com uma goleada. Aí, Guilherme lembrou Kroos, Anderson Martins lembrou Dante, e Mano lembrou outro gaúcho.
“A derrota é dura, não tenha dúvida, principalmente porque abrimos 3 a 0. Ganhamos por 2 a 0 lá, mas a gente sabia que o Atlético seria forte aqui. Quando ficou 3 a 0, tudo se arrumou e se alinhou para a conquista da passagem”, disse o comandante do Corinthians, referindo-se ao gol de Guerrero logo no início da partida em Belo Horizonte.
Continua depois da publicidade
O Atlético-MG não se abateu e mostrou enorme superioridade a partir dali. A equipe de Levir Culpi marcou duas vezes no primeiro tempo, completou a histórica goleada por 4 a 1 no segundo e direcionou a ira de muitos torcedores a Mano Menezes. Em reformulação, como a Seleção Brasileira, o Corinthians vai terminar 2014 sem nenhum título.
O técnico alvinegro ao menos teve o bom-senso de evitar palavras como “pane” e reconheceu a justiça da goleada no Mineirão. Duas semanas depois de dançar em campo, ele levou um baile e concedeu uma entrevista sem tanto bom humor. “Lógico que é uma derrota dura. Faz parte da vida. Não adianta ser prepotente e achar que não vai acontecer com a gente.”