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Este início de temporada e gestão tem sido um verdadeiro transtorno para o Santos. Após as polêmicas eleições presidenciais, em dezembro, Modesto Roma Jr. assumiu um clube repleto de dívidas salariais, tanto do elenco quanto de funcionários administrativos, e a cada dia parece descobrir uma nova surpresa desagradável deixada pela gestão anterior, liderada por Odílio Rodrigues.
E diante de tantos percalços, o novo mandatário avisou sua cúpula que sanar os atrasados do clube é a prioridade neste primeiro momento. O problema tem sito adquirir novas receitas e, dentro deste plano, a lentidão na negociação com a Huawei tem gerado inquietação geral da diretoria santista.
Desde a época em que Odílio estava à frente do Peixe, um acordo entre as partes está muito próximo de ser selado, mas as tais assinaturas não acontecem. O vínculo seria de uma temporada pelo valor de R$ 18 milhões. O plano de Odílio era fechar o negócio e solicitar o adiantamento de 40% do acordo no momento da assinatura para quitar os salários atrasados antes de “passar o bastão”. No entanto, a ideia fracassou e Modesto Roma Jr assumiu o comando com três meses a pagar de salários atrasados, além de 13º, fundo de garantia, férias e salários de funcionários administrativos.
Com uma folha salarial do elenco girando em torno de R$ 6 milhões, o Santos espera fechar com a empresa chinesa o quanto antes e a demora no acerto está dificultando os anseios da nova gestão, que, diferente de Odílio, não pretende adiantar qualquer valor de contrato por entender que a receita a receber fará falta em um futuro próximo.
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“Estamos negociando, mas este período de férias é complicado, não sei como funciona a empresa deles, mas estamos tentando fazer contato para assinar o contrato”, admitiu o mandatário santista, em entrevista há poucos dias, demostrando impaciência com a situação.
Atualmente, uma escola de idiomas (ombros) e uma empresa do ramo de tubos e conexões (mangas) rendem ao clube cerca de R$ 10 milhões por temporada. A Huawei estampou sua marca na área nobre do uniforme santista nas semifinais da Copa do Brasil e nas seis rodadas finais do Campeonato Brasileiro.
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Sem um contrato fixo com um patrocinador master desde janeiro de 2013, o Santos vive uma das piores crises financeiras de sua história. Aranha, Arouca, Mena e Leandro Damião entraram na Justiça exigindo vencimentos atrasados e/ou a liberação para defender outra equipe.
O Peixe depositou o pagamento referente a CLT (registro em carteira) dos meses de outubro e novembro, além do fundo de garantia dos atletas, mas ainda busca alternativas para quitar os salários de dezembro, 13º e férias. Os direitos de imagem não são pagos desde outubro.
Exposição na Copinha, mas não em apresentação - Tentando manter uma aproximação, o Santos manteve a marca da empresa chinesa em seus uniformes e banners até o início desta semana, inclusive durante a participação do time Sub-20 na visada Copa São Paulo de Futebol Júnior.
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Nesta terça-feira, porém, Chiquinho já foi apresentado no CT Rei Pelé com uma camisa do clube em que a marca institucional da 'Santos TV' ocupava a área que antes era da Huawei. Apesar disso, o backdrop (painel de exposição dos patrocinadores) da sala de imprensa ainda tinha a marca de aparelhos celulares ocupando a maior parte dos espaços.