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O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero, afirmou nesta quarta-feira (16) que não deixará a presidência da entidade.
"O presidente Marco Polo Del Nero esclarece que jamais cogitou ou externou a quem quer que seja a possibilidade de se licenciar do exercício da presidência da Confederação Brasileira de Futebol. O dirigente reitera que cumprirá integralmente o mandato de quatro anos para o qual foi democraticamente eleito por federações e clubes", disse Del Nero em uma nota publicada no site da CBF.
A declaração do dirigente foi uma resposta para o deputado federal Marcos Vicente (PP-ES), que afirmou que aguardava um parecer da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara para saber se poderia substituir Del Nero caso o dirigente pedisse licença do comando da CBF.
De acordo com Vicente, a consulta à CCJ teve o aval de Del Nero após uma reunião com dirigentes da CBF, no dia 30 de agosto.
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Ele é um dos cinco vices da entidade e o preferido de Del Nero para substituí-lo em caso de licença. Pelo estatuto da CBF, o presidente pode se licenciar do cargo por até seis meses. Nesse caso, ele tem o direito de escolher o seu substituto entre os vices.
Vicente é deputado federal e presidente estadual do Partido Progressista (PP). No ano passado, ele foi eleito para o quarto mandato parlamentar, com 45.525 votos. Além disso, é um dos líderes da CBF em Brasília.
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Sucessão
Investigado pelo FBI e pela CPI do Futebol, Del Nero pode se licenciar do cargo para se defender.
Em junho, ele tentou mudar o critério para sua sucessão, mas não conseguiu.
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Em caso de renúncia, o mais velho substitui o mandatário. O presidente da Federação de Futebol de Santa Catarina, Delfim Peixoto, 74, é o primeiro na linha de sucessão. Peixoto se desentendeu várias vezes com Del Nero nos últimos meses.
Além de Vicente e Peixoto, os outros vices da CBF são o alagoano Gustavo Feijó e o maranhense Fernando Sarney.
Preso na Suíça desde maio, José Maria Marin também era vice de Del Nero.
Marin e outros seis dirigentes da Fifa foram detidos pela polícia suíça em uma operação surpresa, realizada a pedido das autoridades dos Estados Unidos. Os cartolas são investigados pela Justiça americana em um suposto esquema de corrupção. Del Nero é suspeito de participação no esquema.
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No mês passado, os senadores quebraram o sigilo bancário e fiscal do presidente da CBF.
Na última segunda-feira (14), a procuradora-geral de Nova York, Loretta Lynch, informou que novos dirigentes deverão ser detidos e indiciados sob a acusação de corrupção no futebol.
Após a prisão de José Maria Marin em maio, o presidente da CBF retornou ao Brasil e não deixou mais o país.
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O presidente da CBF é suspeito de integrar o esquema de corrupção. Investigações das autoridades americanas indicaram que o dirigente dividiu propina o seu antecessor no cargo, José Maria Marin. Del Nero nega.
Desde que retornou ao país, Del Nero não participou das eleições da Fifa, faltou a uma reunião do Comitê Executivo da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) -;enviou como representante do país Fernando Sarney, um dos vices-presidentes da CBF e filho do ex-presidente José Sarney-, além de não estar presente na Copa América e nos amistosos da seleção brasileira nos EUA.