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O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, iniciou a ofensiva para tentar esvaziar a CPI do Futebol. Principal alvo da investigação da comissão, o cartola se reuniu nesta quarta (9) em Brasília com parlamentares da bancada da bola.
Os encontros foram numa casa na área nobre da capital federal. A CBF não divulgou a ação do dirigente. Senadores que participam da CPI também foram recebidos.
Nas conversas, Del Nero, que já teve o sigilo bancário e fiscal quebrado pela comissão, defendeu o seu trabalho na CBF e negou irregularidades.
O cartola assumiu o comando do futebol brasileiro em abril deste ano, mas é o homem forte da entidade desde 2012, quando José Maria Marin, preso na Suíça em maio, substituiu Ricardo Teixeira na presidência. Marin é acusado de integrar um esquema de propina na venda de direitos de televisionamento de competições no exterior e no país.
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Del Nero é suspeito de integrar o esquema investigado pelo FBI.
Nas reuniões, o dirigente prometeu voltar a Brasília nos próximos dias para esclarecer outros detalhes.
O senador João Alberto (PMDB-MA) foi um dos que encontrou o presidente da CBF em Brasília. Questionado pela Folha, ele disse que se encontrou com o dirigente "por acaso na casa de um amigo na manhã de quarta".
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"Conversamos um pouco, mas de forma rápida. Acabei de entrar na CPI e ainda não estou por dentro dos assuntos", disse o senador, que é aliado da família Sarney. O vice-presidente da CBF da Região Norte é Fernando Sarney, um dos filhos do ex-presidente.
Ex-governador do Maranhão, João Alberto entrou na CPI na semana passada. Ele ficou com a vaga de Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do seu partido no Senado. Oliveira faltou a todas as sessões da CPI.
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O deputado federal João Marcelo (PMDB-MA), filho do senador pelo Maranhão, também esteve no encontro com Del Nero nesta quarta.
O presidente da CBF se recusou a revelar os detalhes dos encontros em Brasília. Ele disse que não tem o costume de tornar pública a sua agenda.
Apesar de ter passado o dia em Brasília, Del Nero não foi ao Senado. O dirigente deve depor na CPI em novembro.
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Investigado pelo FBI e pela CPI, o presidente da CBF está acuado. Ele não deixa o país desde a prisão de Marin na Suíça. Neste mês, ele corre o risco de perder o seu assento na Fifa por causa das suas ausências nas reuniões da entidade.
Nesta quinta (10), a CPI não teve a sessão, que ouviria ex-jogadores como Zico, Pelé e Cafu.
Responsável por convocar os ex-atletas, o relator da CPI do Futebol, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que não participaria da sessão para ir num encontro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
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A decisão de Jucá contrariou o presidente da CPI, senador Romário (PSB-RJ).