Esportes
Em entrevista, o presidente do clube deixou claro que não aceitará mais um ano em branco e colocou uma dose extra de pressão nos ombros do técnico Muricy Ramalho
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"Montamos o time que ele quis. Está devendo essa para a gente. Quem vai cobrar publicamente dele sou eu". Foi desta forma que Carlos Miguel Aidar acendeu mais um fósforo que ameaça incendiar o ambiente interno do São Paulo. Em entrevista à Rádio Jovem Pan o presidente do clube deixou claro que não aceitará mais um ano em branco e colocou uma dose extra de pressão nos ombros do técnico Muricy Ramalho.
Acontece que - como tem sido praxe - as declarações repercutiram mal e deixaram o clima mais uma vez pesado. A avaliação é que Aidar até tem razão no posicionamento, mas mais uma vez errou o timing e colocou pressão antes mesmo da temporada começar num ano em que o São Paulo pode ter pela frente o Corinthians na complicada fase de grupos da Copa Libertadores - a chave ainda comporta o atual campeão San Lorenzo.
Muricy, que treinou a equipe nesta terça-feira pela primeira vez após quatro dias internado por causa de uma diverticulite, não fez qualquer menção à entrevista no contato com as pessoas do CT. O receio é que o treinador se exalte com os torpedos do chefe e piore o ambiente.
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Para evitar maior repercussão sobre as novas indiretas de Aidar, a assessoria de imprensa trabalhou para levar um jogador mais alheio ao caso para conceder entrevista coletiva. O escolhido foi Thiago Mendes, que ainda assim precisou falar sobre a pressão de conquistar pelo menos um troféu neste ano.
"Temos que brigar pelo Paulistão e pelos campeonatos que vierem. Quem joga no São Paulo tem que estar sempre preparado para brigar por títulos. Esta tem que ser a nossa realidade", afirmou.
Muricy concederá entrevista nesta sexta-feira, mas deve ser fortemente orientado a não rebater Aidar para não piorar o clima no São Paulo neste início de ano.
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