Esportes
No estádio Morenão, o campeão da Série B do Brasileiro superou forte calor para vencer de virada por 4 a 1, complicar as chances de o Ceará subir e celebrar com o troféu do título
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O palmeirense de Campo Grande que não via o time em sua cidade há quase seis anos pôde participar de uma festa completa neste sábado. No estádio Morenão, o campeão da Série B do Brasileiro superou forte calor para vencer de virada por 4 a 1, complicar as chances de o Ceará subir e celebrar com o troféu do título.
Valdivia, que voltou da seleção chilena com desconforto muscular, foi reserva, entrou aos 38 minutos do segundo tempo após intenso pedido da torcida e, assim que pisou no campo, trocou tapas com Vicente, com quem já tinha se desentendido enquanto ainda estava no banco, até gerar confusão. Foi o ponto negativo da celebração alviverde no Mato Grosso do Sul.
Antes de o jogador mais caro da Série B virar personagem negativo, no primeiro tempo, o Ceará fez um jogo equilibrado e abriu o placar com Magno Alves, aos 19 minutos. Aos 30, Eguren empatou e, no intervalo, o time nordestino soube que bastava empatar para iniciar a última rodada no G-4. Por isso, logo no início do segundo tempo, o técnico Sérgio Soares trocou o meia Thiago Humberto pelo volante Diogo Orlando.
O Palmeiras, que não era mais atrapalhado por Serginho, virou com o substituto do meia-atacante, Charles, aos 14 do segundo tempo. Quatro minutos depois, Alan Kardec converteu pênalti que ele mesmo sofreu e Leandro, aos 38, selou o dilatado placar com um golaço.
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Na última rodada, o Verdão cumpre tabela em Santa Catarina às 16h20 (de Brasília) de sábado diante da Chapecoense, que também subiu. Já o Ceará, que não depende mais só de si para subir, recebe o Joinville em Fortaleza.
O jogo
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Como sentiu desconforto muscular que coloca em risco até a sua convocação para a Copa do Mundo, Valdivia ficou no banco de reservas, mas não foi o fato de ter mais uma vez contar com Felipe Menezes como armador que complicou a vida palmeirense. O meia, na verdade, atuou bem. O problema, inicialmente, foi o forte calor que complicou a movimentação.
Acostumado às altas temperaturas desse período do ano em Fortaleza, o Ceará pareceu se aproveitar disso. Enquanto os comandados de Gilson Kleina sofriam com a decisão da diretoria de vender o mando do jogo para Campo Grande, os atletas do Vovô passavam a ocupar o campo adversário.
Até que, na única área de sombra no primeiro tempo, Leandro abriu mão de tocar para Juninho e cruzou para Eguren cabecear rente à trave de Fernando Henrique, aos 12 minutos. Mas faltava ajustes no posicionamento do time, até porque Serginho estava longe de ser a válvula de escape que Kleina queria. Faltava-lhe vontade inclusive para recuperar bolas que perdeu, sendo xingado com palavrões pelo técnico.
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O meia-atacante ainda atrapalharia mais. Quando o jogo ficou aberto, Fernando Prass fez grande defesa em chute à queima-roupa de Lulinha, aos 16 minutos, e, no minuto seguinte, Felipe Menezes obrigou Fernando Henrique a fazer o mesmo do outro lado, sendo que, no rebote, Serginho tirou os colegas do sério ao, na pequena área, de frente para o goleiro, demorar para decidir o que fazer até perder a bola.
Aos 18 minutos, Serginho apareceu completamente livre na grande área, só com Fernando Henrique à sua frente, e conseguiu perder a oportunidade. O jogador fez cara de choro, lamentando o que fez. E a sequência do lance só confirmou que ele, realmente, prejudicou sua equipe.
Aos 19, Magno Alves, experiente, mostrou ao jovem do Verdão como se faz ao ser frio para dominar na área, deixar André Luiz no chão e ainda se aproveitar de estratégia errado de Juninho para bloqueá-lo ao abrir espaço para chutar no canto rasteiro esquerdo de Fernando Prass. Mais eficiente, o Ceará abria o placar.
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Mas, se o Palmeiras tinha Serginho, o Ceará contava com Gustavo. O zagueiro cansou de falhar na defesa e, quando foi à frente, perdeu chance com o gol vazio, aos 29 minutos. Aos 30, Eguren aproveitou cobrança de falta de Felipe Menezes e saída errada de Fernando Henrique para igualar o marcador.
Animado com o gol e a intensa comemoração do uruguaio, o Verdão se portou como campeão e time grande, ocupando com mais intensidade o campo adversário e usando a vontade de Wendel pela direita para dar trabalho ao adversário. Fernando Henrique, contudo, apareceu bem nas finalizações que sua defesa cedeu.
No intervalo, Kleina mostrou que desistiu de Serginho e, ciente do desgaste pelo forte calor, preencheu o meio-campo com a entrada de Charles no lugar do meia-atacante. O Ceará, por sua vez, soube que o Icasa perdeu da Chapecoense e, assim, bastava manter o empate para iniciar a última rodada no G-4. O técnico Sérgio Soares agiu trocando o meia Thiago Humberto pelo volante Diogo Orlando.
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Diante de um rival satisfeito em somar só um ponto, o Palmeiras foi avançando, contando com alguém mais concentrado para ajudar do que Serginho. Charles aproveitou isso ao passar nas costas da zaga e ser alvo de cruzamento preciso de Felipe Menezes para virar com uma cabeçada, aos 14 minutos do segundo tempo.
E se Kleina tirou Serginho, Sérgio Soares não abriu mão de Gustavo. Foi punido. Aos 17 minutos, Alan Kardec dominou com qualidade e entrou na grande área pedalando na frente do zagueiro, que o derrubou. Penalti, que Fernando Henrique garantiu ao atacante que pegaria, mas caiu no canto contrário à batida do artilheiro do campeão da Série B do Brasileiro.
A última meia hora de partida serviu para a torcida pedir a entrada de Valdivia, que assistia ao jogo do banco de reservas sem usar chuteiras, meias, caneleiras ou a proteção que utiliza na coxa direita. Leandro, vestido como um jogador de futebol, mostrou por que estava em campo ao aproveitar passe de Juninho e entortar o goleiro Fernando Henrique deixando-o no chão antes de completar a goleada, aos 34 minutos.
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Valdivia só entrou em campo, já aos 39 minutos do segundo tempo, para trocar agressões com Vicente e discutir com quase todos os jogadores do Ceará. Mas nem o chileno estragou a festa armada em Campo Grande.