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Há dez anos, o Campeonato Brasileiro ganhava um novo formato. Seguindo o padrão das ligas europeias, a principal competição nacional passou a ser disputada em pontos corridos. Nesta década, o mundo do futebol local viu todos os seus números crescerem. Desde patrocínios, passando por bilheterias e dívidas.
De acordo com o estudioso Amir Somoggi, o maior aumento registrado foi no campo do patrocínio e publicidade. Os R$ 72 milhões arrecadados pelos cem maiores clubes em 2003 se transformaram em R$ 497 milhões em 2012, um aumento de 586%.
Outra evolução de arrecadação das equipes brasileiras que chama a atenção é com cotas de TV. De R$ 274 milhões em 2003, os clubes passaram a receber R$ 1,42 bilhões das emissoras em 2012.
Pelo lado negativo, outro número que registrou grande evolução foi o das dívidas. Em 2003, os 100 maiores clubes deviam R$ 1,2 bilhões e, dez anos depois, devem R$ 5, 5 bilhões, numa ‘evolução de 358%.
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Ainda de acordo com o estudo, o Campeonato Brasileiro da última temporada marcou apenas a 15ª maior média de público do mundo, com 13.001 pessoas por jogo, ficando atrás de ligas de expressão bem menor, como as segundas divisões inglesa e alemã, além da Liga Escocesa.
Os maiores problemas diagnosticados na parte estrutural por Somoggi são: o calendário apertado, a falta de projeção internacional das competições brasileiras e a violência e insegurança nos estádios.
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Na parte de gestão, o estudioso aponta como grandes obstáculos ao crescimento do futebol brasileiro a política dos clubes, administrações alinhadas com práticas de governança e falta de um marketing mais atrativo nas equipes.
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