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Campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior ano passado com o Peixe, Daniel Guedes tem recebido a chance que todo jovem das categorias de sabe sonha. Titular no time profissional no concorrido Campeonato Brasileiro, o lateral direito de 21 anos tem aproveitando bem a brecha deixada por Cicinho, que está afastado por causa de um entorse no tornozelo direito, já que Victor Ferraz está improvisado na esquerda em função da grave lesão de Chiquinho.
"Não me considero titular, porque com Victor Ferraz e Cicinho não pode vacilar. Não tem como ficar tranquilo. Sabemos da qualidade deles. São dois jogadores importantíssimos. Vou brigar pelo espaço", disse o jovem jogador, que tem os laterais da seleção brasileira como fonte de inspiração. "Gosto muito do Danilo, que passou por aqui. Hoje, é o melhor que temos na posição. Gosto do Daniel Alves. E me espelho no Maicon, que serviu a seleção. A forma que eles têm, facilidade para chegar no fundo e a força. São os melhores que vi jogar. Me espelho neles", contou.
Porém, mesmo com apenas cinco jogos nesta temporada, Daniel Guedes já foi protagonista de um momento tenso para o clube. No clássico contra o São Paulo, o lateral direito acabou fazendo o pênalti que decretou a derrota alvinegra no confronto do Morumbi.
"A gente está sujeito a fazer pênalti , gol... na hora do pênalti, interferiu no resultado. Fiquei preocupado e triste pela reação dos companheiros. O empate seria bom, teríamos pontuado. Veio na minha cabeça. No fim, assumi meu erro. Foi importante para mim. Falei o que realmente aconteceu. Não quero que aconteça mais. Foi difícil lidar", contou.
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"Espero que não aconteça tão cedo. Era um clássico, tínhamos o controle do jogo. Quando parei, já estava acabado. Acabei sendo personagem do jogo de forma ruim", relembrou.
Mesmo diante do erro, Guedes conseguiu superar o temor de ser afastado da equipe, foi bancado por Marcelo Fernandes e agora garante que ocorrido lhe serviu de lição.
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"Eu confesso que fiquei mais experiente em relação a isso, conversei com vários jogadores. Não vou mais tão imprudente na marcação dentro da área. Vou com mais na cautela. Dou mais distância, penso mais na hora do combate para que isso não se repita", admitiu.
Aliás, a adaptação ao futebol profissional não tem sido fácil para o jogador. Chamado às pressas por necessidade, enquanto treinava com a equipe Sub-20, no CT Rei Pelé, Daniel Guedes foi direto para o time titular do Peixe. Mesmo há pouco tempo recuperado de uma canelite nas duas pernas, Guedes recebeu a confiança de Marcelo Fernandes e estreou em 2015 no empate por 2 a 2, contra o Sport, pela 4ª rodada do Brasileirão.
"Profissional é mais intenso, exige mais responsabilidade. Existem funções a serem cumpridas, marcação individual. Muitas outras coisas que, na base, não tem. Senti diferença na parte física também. Na base não exigia tanto. A gente tem que estar muito atento. Qualquer erro, já era. Aprendi a dar chutão quando tem que dar. Não fazer falta boba dentro da área. Na base, não requer tanta responsabilidade. A gente está se formando, errar é comum", comparou.
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Desta forma, ainda em busca de afirmação, Daniel Guedes segue com respaldo do time e da comissão técnica e estará em campo contra o Internacional, domingo, no Beira-Rio.