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O Cruzeiro saiu do estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, comemorando um empate com o Palmeiras, nesta quarta-feira. Afinal, o time paulista saiu na frente já no finalzinho, com o argentino Mouche, mas Dagoberto mostrou oportunismo para fazer 1 a 1 aos 47 minutos do segundo tempo. Analisando friamente, o resultado não foi bom para ninguém.
Afinal, o Cruzeiro só somou quatro pontos nos últimos 12 disputados, tendo tropeçado nos seus dois últimos jogos em casa. Com 60 pontos, pode permitir a aproximação do São Paulo, que soma 52 e, ainda nesta quarta, joga contra a Chapecoense, em Santa Catarina. Também pela 30.ª rodada, o Corinthians ganhou do Vitória e é outra equipe com 52. Menos mal que o Internacional perdeu do Flamengo e segue com 50.
Já o Palmeiras, que jogou fechado na defesa em busca de um contra-ataque durante todo o jogo, teve duas chances de marcar. Na primeira oportunidade, Mouche mandou na trave e Egídio tirou em cima da linha. Na segunda, aos 43 minutos do segundo tempo, o argentino não desperdiçou.
A equipe alviverde, que perdeu a chance de vencer, comemora o ponto fora de casa e chega aos 35, no 14.º lugar. A primeira equipe dentro da zona de rebaixamento é o Vitória, com 31. Na próxima rodada, neste sábado, o rival é o Corinthians, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. O Cruzeiro pega o Figueirense em Florianópolis.
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O jogo
O técnico Dorival Júnior surpreendeu ao escalar o Palmeiras optando por cinco jogadores no meio de campo. Sem Valdivia, que cumpria suspensão imposta pelo STJD, o treinador preferiu colocar em campo tanto Mazinho quanto Bernardo, sacando também Cristaldo.
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A ideia era tentar, com três volantes (Renato, Victor Luis e Wesley) travar o forte meio de campo do Cruzeiro, protegendo uma linha de zaga que tinha os garotos João Pedro e Nathan. Pelo time mineiro, Ricardo Goulart, voltando de lesão, começou no banco de reservas. Mas teve que entrar ainda no primeiro tempo porque Alisson se machucou.
Como o Palmeiras abdicava de atacar, o Cruzeiro mandava na partida. Durante todo o jogo a sensação era de que o gol, cedo ou tarde, sairia. A primeira boa chance foi de Dedé, que cabeceou por cima. O goleiro Fernando Prass começou a brilhar aos 10 minutos, quando Everton Ribeiro arriscou de longe e ele salvou com a ponta dos dedos.
Mas nada que se comparasse à sequência de defesas em lance aos 20 minutos. O desvio de Marcelo Moreno foi na trave e a bola voltou para Marquinhos. Fernando Prass pegou à queima-roupa e deu novo rebote. Marquinhos encheu o pé e desta vez o goleiro segurou firme, no reflexo.
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Quando não deu para o goleiro, o árbitro ajudou. Egídio entrou pela área pela esquerda e foi travado por Prass e Nathan. A bola voltou na mão do lateral, que, sem intenção, bateu nela, mandando para dentro do gol. O carioca Péricles Bassols Pegado Cortez preferiu marcar falta de Egídio.
No intervalo, Marcelo Oliveira resolveu trocar Marquinhos, que não fez bom primeiro tempo, por Willian. A alteração melhorou o time do Cruzeiro, que ampliou seu domínio no jogo e não cansou de criar chances. Logo aos 4 minutos, Everton Ribeiro arriscou de longe e mandou rente à trave. Dois minutos depois, a linda bicicleta de Marcelo Moreno foi nas mãos de Fernando Prass.
Era um prenúncio de mais 45 minutos de ataque contra defesa. À medida que o gol não saía, porém, o Cruzeiro demonstrava ansiedade e abria espaço para o Palmeiras se arriscar em contra-ataques. Aos 22, Fábio trabalhou pela segunda vez no jogo para pegar bonito chute de Bernardo. Do outro lado, Nathan por muito pouco não fez contra em cruzamento de Egídio.
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O lateral-esquerdo cruzeirense, aliás, deveria ter sido expulso aos 29 minutos, quando fez falta para matar contra-ataque. Egídio já tinha um cartão amarelo e não levou o segundo. Dorival Júnior reclamou tanto que foi expulso.
Egídio ainda seria determinante para o resultado. Afinal, aos 39 minutos, Mouche bateu na saía de Fábio e acertou a trave. A bola ia entrando, mas o lateral conseguiu tirar em cima da linha. Quatro minutos depois, o argentino não desperdiçaria. Éverton Ribeiro errou passe no ataque e permitiu o contra-ataque fulminante. Henrique deu o passe e deixou Mouche na cara do gol para fazer.
Herói da vitória até então, Fernando Prass errou no gol do Cruzeiro. Willian chutou forte, o goleiro deu rebote para o meio e Dagoberto aproveitou a sobra para empatar. O atacante, que entrara no lugar de Henrique, não comemorou, incomodado com as vaias que a torcida dedicava ao time.
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