Esportes
A questão gira em torno dos Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento, papéis da prefeitura que financiariam R$ 420 milhões do mais de R$ 1 bilhão do custo da arena
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O Corinthians reagiu ao anúncio de que Itaquera será uma das sedes do futebol nos Jogos Olímpicos de 2016 com ameaças à Prefeitura de São Paulo. Julgando-se no direito de receber recursos que não chegaram por ter seu estádio na Copa do Mundo, o clube advertiu que não participará do evento se não tiver suas exigências atendidas.
A questão gira em torno dos Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs), papéis da prefeitura que financiariam R$ 420 milhões do mais de R$ 1 bilhão do custo da arena da zona leste. O Corinthians não consegue vender esses CIDs, porque sua legalidade é questionada, e cobra uma posição da prefeitura.
“Estamos atendendo, mais uma vez, a um pedido da cidade de São Paulo e precisamos saber quem se responsabilizará e arcará com as obras do overlay (específicas para o evento) e também da liberação dos CIDs. Do contrário, o clube deve rever a decisão de sediar a Olimpíada”, disse o presidente alvinegro, em texto publicado no site da agremiação alvinegra.
O que a diretoria preta e branca quer é que a prefeitura assegure a questionada legalidade dos CIDs – que podem ser adquiridos por empresas para pagar tributos municipais – ou desembolse os R$ 420 milhões. Há uma ação do Ministério Público contestando a validade dos certificados, o que está impossibilitando sua venda no mercado.
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O deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP), que ainda é dirigente do Corinthians e responde pelas negociações do estádio de Itaquera, lidera a posição de choque com a prefeitura, que é de seu partido. “Você apanha uma vez só. Se querem Olimpíada aqui, o Corinthians cede o estádio, mas o custo tem que ser pago antecipadamente”, bradou, em entrevista à ESPN Brasil.
De acordo com o ex-presidente do clube do Parque São Jorge, a Copa do Mundo só rendeu status à arena da ZL. “Fora o status, não valeu a pena, porque muitas pessoas combinaram coisas no começo e não cumpriram. Principalmente a prefeitura, que não pagou nada. Quem pagou foi o Corinthians. O Corinthians teria um estádio mais simples e há muito tempo pronto se não fosse a Copa.”
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