01 de Novembro de 2024 • 01:43
Esportes
Os dois times, lutando por vaga na Copa Libertadores, fizeram uma partida franca, em que as chances de gol foram constantes
O atacante Gustavo Silva fez dois gols para o Corinthians / RODRIGO COCA/AG. CORINTHIANS
Corinthians e Athletico-PR fizeram um excelente jogo nesta quarta-feira, na Neo Química Arena, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os dois times, lutando por vaga na Copa Libertadores, fizeram uma partida franca, em que as chances de gol foram constantes. Pelo o que fizeram as duas equipes, o empate por 3 a 3 foi justo, mas ruim para as duas equipes. Menos mal para o time paulista, que manteve a oitava posição, agora com 49 pontos. Os paranaenses, em 10º, com 47, estariam fora da competição sul-americana neste momento.
O primeiro tempo do jogo em Itaquera foi muito bom. Não apenas pelos quatro gols, mas porque as duas equipes fizeram um jogo franco, procurando sempre o gol, e não esmorecendo nem quando o adversário marcava forte, dificultando os caminhos. Assim, além dos quatro gols, várias outras boas chances foram construídas por ambas as equipes, o Corinthians um pouco mais.
Todo mundo sabe que a jogava ofensiva mais forte do Corinthians com os avanços de Fagner em apoio a Gustavo Mosquito. E que várias vezes as ações começam com lançamentos de Castillo, Otero ou Cazares (que não estavam em campo desta vez) para o lateral. Quer dizer, quase todo mundo. O Athletico parece que não sabia. Como castigo, tomou o primeiro gol logo aos 2 minutos, neste tipo de jogada.
E foi um golaço. Cantillo lançou Fagner, que de cabeça serviu Mosquito. Ele deu um belo chapéu no marcador e bateu colocado, de esquerda, no canto direito de Santos.
O gol deixou o Corinthians à vontade em campo. Léo Natel teve duas chances seguidas, aos 7 e 9 minutos, mas Santos evitou o segundo gol.
O Athletico tinha dificuldade de chegar. Mas quando chegou, empatou, aos 13 minutos. Em um jogada que começou do lado direito e foi parar do lado esquerdo, na grande área corintiana, Renato Kaizer tocou para Canesin, que achou Abner penetrando livre de marcação. O lateral recebeu e encheu o pé, cruzado, sem defesa para Cássio. Outro golaço. O sistema defensivo do Corinthians, que pressupõe que Mosquito tem de acompanhar as subidas do lateral-esquerdo adversário e que Fagner deve voltar rapidamente, falhou feio.
Mas o Corinthians de Vagner Mancini tem outros recursos, além da jogada pela direita. Um deles, são as idas de Gabriel à frente, apesar de o primeiro volante ter, logicamente, como função principal a marcação. E foi com Gabriel que o Corinthians rapidamente retomou a vantagem no placar, mais precisamente quatro minutos depois de sofrer o gol de empate.
O gol saiu de uma cobrança de escanteio. Fagner lançou na área, Gil tocou de cabeça e encontrou Gabriel entrando nas costas da zaga. Já na pequena área, o volante só teve o trabalho de tocar, também de cabeça, para o gol.
Depois disso, o jogo ficou equilibrado, Mosquito perdeu grande chance de fazer o terceiro - tentou encobrir Santos, que fez a defesa -, mas a defesa corintiana continuava vacilando nas inversões de jogada do time paranaense. Por isso, o Corinthians levou o segundo gol, aos 34 minutos. Em uma jogada que cruzou a área, Nikão chutou, Cássio defendeu parcialmente e Canesin aproveitou o rebote.
O jogo franco continuou no início do segundo tempo. E as chances de gols foram constantes nos primeiros nove minutos. Na melhor do Corinthians, Santos fez duas grandes defesas seguidas, em chutes de Léo Natel e no rebote, cara a cara, de Mosquito. Na do Athletico, Renato Kaizer driblou Cássio duas vezes, tocou para Nikão, que bateu para Gil salvar em cima da linha e, no rebote, com o gol aberto, Vitinho acertar o travessão.
O gol estava "maduro" para os dois lados, e saiu aos 10 minutos para o Corinthians. Araos deu ótima enfiada para Mosquito, que penetrou e chutou cruzado para marcar pela segunda vez na partida.
A disposição ofensiva das duas equipes se manteve, mesmo com o desgaste de alguns jogadores. E o time paranaense acabou por empatar pela terceira vez, aos 27 minutos. Em jogada pela direita, Nikão cruzou rasteiro, Renato Kaizer não alcançou, mas Vitinho não perdoou. Bateu firme e fez 3 a 3.
As equipes continuaram buscando o gol, mas o Corinthians diminuiu um pouco o ritmo e, na parte final da partida, o time paranaense chegou mais perto do quarto gol. Mas, ainda que ruim para ambos, o empate, com muitos gols, foi justo pelo fizeram as duas equipes.
FICHA TÉCNICA:
CORINTHIANS 3 x 3 ATHLETICO-PR
CORINTHIANS - Cássio; Fagner, Bruno Méndez, Gil e Fábio Santos; Gabriel (Xavier) e Cantillo; Gustavo Mosquito (Ramiro) Araos (Lucas Piton) e Otero (Mateus Vital); Léo Natel. Técnico: Vagner Mancini.
ATHLETICO-PR - Santos; Jonathan, Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner; Alvarado (Luan Patrick), Christian (Vitinho) e Canesin; Nikão, Renato Kaizer e Carlos Eduardo (Jadson). Técnico: Paulo Autuori.
GOLS - Gustavo Mosquito, aos 2, Abner, aos 13, Gabriel, aos 17, e Canesin, aos 34 minutos do primeiro tempo. Mosquito, aos 10, e Vitinho, aos 27 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Gabriel, Fábio Santos e Mateus Vital.
ÁRBITRO - Jean Pierre Gonçalves Lima (RS).
RENDA E PÚBLICO - Jogo sem torcida.
LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo (SP).
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