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O Corinthians não voltou a vencer, mas, desta vez, sua torcida não deixou o Pacaembu revoltada. Se fez um mau primeiro tempo, a equipe contou com Cássio para se salvar até o intervalo, cresceu bastante na etapa final e mostrou a disposição cobrada pela Fiel no empate por 0 a 0 com o líder Cruzeiro.
O resultado não foi bom para a formação do Parque São Jorge na luta para ficar entre os quatro primeiros do Campeonato Brasileiro, mas a atuação foi animadora antes do confronto com o Grêmio, pela Copa do Brasil. Já o time celeste viu sua diferença para o vice-líder Botafogo chegar a oito pontos.
Os torcedores alvinegros gritaram o nome dos jogadores e do técnico Tite em sinal de apoio antes do jogo e viram um primeiro tempo dominado pelos visitantes. Houve seis oportunidades, três das quais não acabaram em gol por causa do ótimo trabalho realizado por Cássio.
A Fiel seguiu apoiando e foi premiada com uma mudança total após o intervalo. O Corinthians foi melhor, criou oportunidades e pressionou até o final. Não conseguiu impedir a sexta partida consecutiva sem vitória, porém deu mostras de que a sequência negativa pode ter acabado.
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Cássio segura
Tite tentou dar um jeito no Corinthians mudando a maneira de a equipe jogar. Sem o suspenso Guerrero para fazer o papel de pivô, o gaúcho abriu Danilo na direita e Emerson na esquerda, deixando Romarinho por dentro, perto do armador Douglas. O resultado não foi dos melhores.
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Apesar da disposição mostrada pelos atletas, algo que vinha sendo cobrado pelos torcedores, o Cruzeiro mandou em todo o primeiro tempo. A marcação celeste frustrava a articulação alvinegra, e a mobilidade de Everton Ribeiro – descartado por Tite no Corinthians em 2011 – e Willian – outro ex-corintiano – criava muitos problemas.
Logo aos quatro minutos, a parceria funcionou, e Willian bateu para fora. Foi a menos clara das seis oportunidades que os visitantes criariam até o intervalo. A outrora segura defesa do campeão mundial tinha muita dificuldade para se organizar nos rebotes dos cruzamentos e para achar um antídoto para as viradas de jogo do adversário.
Após um corte parcial de um escanteio, novo cruzamento foi feito e achou Nilton na cara de Cássio, que usou o pé direito para fazer sua primeira grande defesa. Pouco depois, foi Willian que bateu de primeira após virada de jogo, no alto, obrigando o goleiro corintiano a trabalhar muito bem de novo.
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A essa altura, Tite já tinha invertido as posições de Romarinho e Emerson, botando o Sheik para partir do meio. Mas o time da casa insistia demais nas jogadas pela esquerda, com Danilo perdido na direita e desperdiçando as possibilidades de avançar com o rápido Edenílson.
Do outro lado do campo, os problemas defensivos continuavam. Uma virada da direita para a esquerda deixou Egídio em ótima posição, dentro da área, mas Cássio apareceu de novo. Na sequência, Dedé cabeceou livre, à esquerda. Por fim, uma triangulação achou Willian na área, onde ele não soube usar o pé esquerdo.
Mudança de hábito
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No intervalo, Marcelo Oliveira sacou Borges, que tinha aparecido pouco, e apostou em Julio Baptista de meia-atacante, adiantando Ricardo Goulart para o campo de ataque – ganhou força e perdeu qualidade. Tite não fez substituições, mas voltou ao 4-2-3-1 habitual, deixando Emerson em um posicionamento mais adiantado.
O Corinthians também começou a marcar mais na frente e passou a ser outro time, mudança exibida logo aos dois minutos, em chute por cima do Sheik. Três minutos mais tarde, Igor encarou a marcação pela esquerda e colocou a bola na cabeça de Emerson, que perdeu o gol na risca da pequena área.
Houve ainda um escanteio perigoso, com dois cruzamentos que pipocaram na pequena área, e um chute de Douglas buscado por Fábio no ângulo até os 15 minutos, quando Marcelo Oliveira resolveu trocar Ricardo Goulart por Anselmo Ramon.
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No momento em que os anfitriões começavam a diminuir o ritmo, Tite trocou Emerson, que estava bem, por Alexandre Pato. No Cruzeiro, foi a vez de Willian, mal na etapa final, dar lugar a Dagoberto, já aos 30 minutos.
Na parte derradeira do jogo, o Corinthians ensaiou uma pressão. A equipe conseguiu algumas jogadas perigosas, partiu à frente com um Douglas muito ativo e levou um susto nos acréscimos, quando Julio Baptista saiu na cara de Cássio. O goleiro saiu bem e evitou a derrota no chute ruim.
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