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Cor de novas camisas de Ceni cria expectativa às vésperas de eleição

Membros da diretoria atacaram com o argumento de que o candidato oposicionista Kalil Rocha Abdalla conta com apoio do ex-presidente Paulo Amaral, responsável por ter afastado o jogador em 2001

Publicado em 14/03/2014 às 11:31

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O São Paulo lançará neste domingo, usando um modelo em cada tempo da partida contra o Ituano, a coleção 2014 de seus uniformes. Os de linha não sofrerão grandes mudanças em relação aos do ano anterior, mas os de Rogério Ceni, sim. Eles terão cores diferentes, o que tem criado expectativa não somente na torcida.

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Às vésperas da eleição presidencial, simpatizantes da oposição política do clube lembram que, há dez anos, o goleiro ganhou camisa amarela, cor justamente que batizava a chapa liderada pelo situacionista Marcelo Portugal Gouvêa, do grupo de Juvenal Juvêncio (à época diretor de futebol e hoje presidente), que tentava se reeleger. O mesmo se fez antes dos pleitos seguintes.

Procurada pela GE.net, a Penalty, empresa que fornece material esportivo ao São Paulo, informou  que as cores utilizadas em 2013 (preto, bordô e azul claro) serão mudadas e que Ceni "normalmente deixa para escolher a camisa mais próximo ao jogo". Julio Casares, vice-presidente de marketing do clube, garantiu que as peças não terão qualquer conotação política.

Agora com amigos e desafetos nas chapas amarela (do candidato Carlos Miguel Aidar, presidente entre 1984 e 1988) e vermelha (de Kalil Rocha Abdalla, ex-diretor jurídico da atual gestão), Ceni não se envolve nem demonstra preferência por nenhum lado. Mas já teve seu nome explorado por ambos no ano passado, quando tanto situação quanto oposição quiseram tirar proveito da possível aposentadoria do goleiro, a qual não veio a se confirmar.

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Camisa do goleiro costuma ser amarela, cor da chapa do grupo de Juvenal Juvêncio, em anos eleitorais (Foto: Divulgação)

Membros da diretoria atacaram com o argumento de que o candidato oposicionista Kalil Rocha Abdalla conta com apoio do ex-presidente Paulo Amaral, responsável por ter afastado o jogador em 2001. A resposta foi que o último dirigente a se envolver em atrito público com Ceni foi Adalberto Baptista, ex-diretor de futebol e ainda braço direito do presidente Juvenal Juvêncio. Quando o camisa 1 estendeu o vínculo por mais uma temporada, as discussões diminuíram.

Nas eleições a serem realizadas em abril, o capitão conhecerá seu sétimo presidente diferente. Além de Juvenal, que está no poder há quase oito anos, Ceni teve os seguintes mandatários desde 1990: José Eduardo Mesquita Pimenta (até 1994), Fernando Casal de Rey (1994 a 1998), José Augusto Bastos Neto (1998 a 2000), Paulo Amaral (2000 a 2002), Marcelo Portugal Gouvêa (2002 a 2006).

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Antes disso, o foco está voltado para o Ituano, adversário deste domingo. Se o uniforme de Ceni ainda é um mistério, os dos jogadores de linha já tiveram pequenos detalhes revelados pela pré-venda aberta na loja online do clube. A reportagem apurou ainda que, na segunda camisa, as listras foram inspiradas naquelas utilizadas nos primeiros anos do clube.

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