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O Conselho Deliberativo se reuniu na Vila Belmiro na noite deste terça de forma extraordinária, ou seja, com pauta de debate fixa e sem paralelos, para decidir o rumo do Comitê Gestor do clube. Após quase três horas de muita discussão, tudo saiu como Modesto Roma Jr. gostaria. O presidente santista foi convocado e compareceu para dar maiores explicações, assim como já havia acontecido na última vez que os conselheiros se reuniram para tratar sobre o mesmo tema.
Modesto voltou a alegar que o principal motivo que o levou a demitir José Renato Quaresma e Lourenço Lopes foi a perda de confiança em função, principalmente, das informações que vazavam à imprensa. Argumento no qual Lourenço Lopes se defendeu.
“Por que eu não posso levar para a imprensa um assunto de interesse do Santos antes que seja tarde? Por que eu não posso divulgar um balancete antes que ele seja auditado? A quem interessam as decisões de bastidores? A quem interessa não mostrar o nosso endividamento?”, questionou.
Em votação, mesmo com muitas controversas, o Conselho Deliberativo do Peixe acabou aprovando as duas demissões e também as quatro indicações de Modesto Roma Jr. para se inserirem ao Comitê Gestor, já que Rodrigo Marino e Jorge Correia da Costa também deixaram o colegiado, em solidariedade aos dois ‘companheiros’ demitidos.
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Antônio Carlos Cintra, Andres Enrique Rueda Garcia (matemático, financiador da compra de 10% dos direitos do meia Lucas Lima), Luiz Antônio Ruas Capella (advogado, ex-diretor de futebol do clube) e Carlos Manoel da Silva (administrador de empresas do ramo da construção e colaborador de antigas diretorias) são os novos integrantes.
Cintra, o menos popular, inclusive entre os conselheiros, já aproveitou para tocar na polêmica que envolveu toda a troca de nomes no Comitê Gestor.
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Como Quaresma e Lopes foram demitidos após descordarem do presidente Modesto Roma Jr. e seus fieis escudeiros, o vice César Conforti e o superintendente Dagoberto Santos, principalmente no momento da contratação do técnico Oswaldo de Oliveira, que acabou vetado em cima da hora, o novo membro do CG fez questão de ressaltar que não pretende apenas seguir as ideias do mandatário.
“Quem achou que os substitutos seriam vaquinhas de presépio, está redondamente enganado. Não serei, jamais, vaquinha de presépio de presidente nenhum. Serei vaquinha de presépio do Santos. Se me convidaram para ser vaquinha de presépio peço que eu seja exonerado, porque sou pertinente às minhas opiniões”, disse Antonio Carlos Cintra, ao microfone.
Modesto Roma Jr., desde a época de campanha eleitoral, nunca escondeu que é contra a forma com que o Comitê Gestor é instituído no clube. O presidente pretende alterar o estatuto santista e usar o grupo apenas como uma espécie de conselho administrativo.
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