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Klaus Stoehlker, conselheiro de Joseph Blatter, confirmou nesta segunda-feira que o suíço cogita a possibilidade de permanecer no comando da Fifa, apesar de anunciar que deixaria o cargo em um congresso extraordinário da Fifa, a ser realizado entre dezembro deste ano e março de 2016.
"Ele é um guerreiro suíço dos tempos antigos. O guerreiro suíço toma decisões, e talvez quando a guerra está mudando, ele toma uma nova decisão", disse Stoehlker, contratado por Blatter para comandar sua campanha presidencial, que culminou na sua reeleição no dia 29 de maio.
Dono de uma agência de relações públicas, Stoehlker se aproximou de Blatter nos últimos cinco meses, por causa da campanha. E, mesmo após encerrar o trabalho com o suíço, continua privando do contato do presidente da Fifa. "Ele está bem tranquilo, é o que eu sei", revelou.
Por causa desta convivência, as palavras de Stoehlker chamaram a atenção nesta segunda, indicando os possíveis futuros passos de Blatter neste momento de crise da Fifa. No fim de semana, o jornal suíço Schweiz am Sonntag já havia afirmado que Blatter cogitava permanecer no cargo, em razão das "dezenas de mensagens de apoio" de delegações africanas e asiáticas que o suíço recebeu nos últimos dias.
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Segundo Stoehlker, Blatter pensa em permanecer na presidência da Fifa caso não surja um bom candidato para substituí-lo. "O presidente está totalmente preparado para renunciar, mas somente se houver um candidato com capacidade para assumir este cargo", declarou o relações públicas.
Ele questionou a capacidade dos virtuais candidatos ao cargo, como o francês Michel Platini, atual presidente da Uefa. "Você não pode simplesmente pegar um ex-jogador ou Michel Platini para virar presidente [da Fifa]", criticou Stoehlker.
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A revelação do jornal suíço causou um terremoto no mundo do futebol no domingo, inclusive diante da determinação de parte de políticos e dirigentes de que Blatter deixe imediatamente o poder. Na semana passada, o Parlamento Europeu adotou uma resolução justamente neste sentido.
Mesmo dentro da Fifa, o homem que está conduzindo as reformas da entidade, Domenico Scala, defende que Blatter deixe o poder. "Para mim, as reformas são centrais", disse em um comunicado. "Isso é o motivo pelo qual e acho que é indispensável que se cumpra o processo iniciado de mudança de presidente que foi anunciada", completou.