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O São Paulo conseguiu o que queria. Com um trabalho forte nos bastidores, o clube convenceu a Conmebol a ignorar o novo laudo conseguido pela Ponte Preta e manteve o veto ao Moisés Lucarelli para a realização da segunda partida da semifinal do Copa Sul-Americana. A entidade avisou os clubes no fim da tarde desta sexta-feira e manteve o duelo para Mogi Mirim (SP), no estádio Romildão. "O jogo não será lá. Estão tentando fortemente criar uma situação, mas não será.", disse o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, à reportagem.
O São Paulo se movimentou rápido para garantir que a partida não fosse realizada no estádio da Ponte Preta, inicialmente vetado pela Conmebol por não comportar os 20 mil espectadores exigidos pelo regulamento da competição. Tão logo descobriu que a adversária conseguiu um novo laudo do Corpo de Bombeiros, procurou a Secretaria de Segurança Pública e o promotor Roberto Senise questionando a validade do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) expedido nesta sexta.
A medida surtiu efeito e Senise rapidamente acionou a Federação Paulista de Futebol (FPF) e expediu uma recomendação para que considere o AVCB de janeiro, que coloca o estádio com capacidade para cerca de 18 mil pessoas. O promotor criticou duramente a movimentação da Ponte Preta e questionou a conveniência da documentação.
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"Causa estranheza um laudo que existia desde o início do ano ser substituído às pressas e às vésperas de uma partida apenas para a realização de uma partida. É um tanto incrível que um laudo diga uma coisa em janeiro e agora, sem que tenham havido reformas ou colocação de cadeiras, subitamente ter a capacidade aumentada. Como promotor não posso aceitar isso", reclamou.
A Ponte Preta justificou o "crescimento" do estádio com uma mudança na logística de entrada e saída dos torcedores e estava confiante para a realização do jogo em sua casa.
Ingressos
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A Ponte Preta deve agora iniciar a venda de ingressos para a partida nos próximos dias e deve estabelecer nova queda de braço com o São Paulo. O clube diz que irá - por recomendação da Polícia Militar - destinar 5% da carga aos visitantes (menos de 1,5 mil), mas o São Paulo exige três mil bilhetes.