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Nesta segunda, último dia para transferências de jogadores entre clubes brasileiros e europeus, os empresários de Leandro Damião surpreenderam com uma proposta de 15 milhões de euros (cerca de R$ 60 milhões) do Olympique de Marselha, da França, pelo atacante. O valor supera até mesmo os 13 milhões de euros gastos pelo grupo de investimentos Doyen Sports no início de 2014 para tirar Damião do Internacional e coloca-lo no Santos.
Em contato com a reportagem, o advogado do staff do camisa 9, Carlos Flores, explicou que o jogador não deixará o Cruzeiro neste momento, mas vislumbra uma negociação na janela da virada do ano.
“Nós sempre conversamos com os atletas. O Damião está ciente. Mas ele chegou aqui (em Minas Gerais) sendo recebido por torcedores no aeroporto. Então, ele quer ajudar o Cruzeiro a sair dessa situação. Ele está focado no Cruzeiro e não vai deixar o clube agora”, disse Flores, lembrando a situação delicada da Raposa, apenas uma posição acima da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
O advogado também salientou que a falta de acordo com o clube da Baixada Santista não impediria qualquer transferência, já que no último capítulo judicial, dia 3 de junho, Leandro Damião conseguiu a quebra de vínculo com o Peixe, tornando-se assim detentor de seus direitos econômicos.
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“Isso não seria problema. Nós podemos operar normalmente. Temos o aval judicial Isso não impediria uma transferência. O Santos teve muitas oportunidades de fazer um acordo e não fez. Hoje o atleta não tem qualquer vínculo com o clube”, afirmou Flores, antes de admitir que a oferta do time francês não chegou a ser uma proposta oficial.
“Sondagens, propostas, essas coisas são rotineiras para um atleta do nível do Leandro. Mas, desta vez foi mais que isso. Não foi o que consideramos uma proposta oficial, em carta escrita, mas foi mais do que uma sondagem, podemos dizer assim. Foi um contato já mais concreto, com muitos detalhes. Existe, sim, o interesse”, contou.
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A decisão do juiz Pérsio Luís Teixeira de Carvalho, da 4ª Vara Trabalhista de Santos, reconheceu a rescisão do contrato do atleta, que iria até dezembro de 2018, com o time da Vila Belmiro. Isso, porém, não exclui a dívida do Peixe com o grupo de investimentos Doyen Sports de aproximadamente R$ 45 milhões, além de juros corrigidos.
A decisão do juiz tem validade à partir de 13 de janeiro, data de ajuizamento da ação, e é embasada no não pagamento dos salários de outubro, novembro e dezembro, além de recolhimentos do FGTS, décimo terceiro referente a 2014 e férias.
Apesar da dura derrota, o Santos avisou que brigará “até o fim”, deixando a decisão final do caso sem uma data previsível. Enquanto isso, Leandro Damião seguirá atuando pelo Cruzeiro, com quem tem contrato de empréstimo até dezembro deste ano. O clube mineiro arca com 70% do salário de R$ 700 mil mensais do centroavante.
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