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Com Pato vaiado, Corinthians vence o Coritiba com pênalti no final

Livre da “empatite”, problema diagnosticado pelo próprio Tite, o Corinthians entrou na zona de classificação para a Copa Libertadores da América com o resultado

Publicado em 18/08/2013 às 18:10

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O Corinthians sofreu para vencer o desfalcado Coritiba na tarde deste domingo, no Pacaembu. Com o centroavante Alexandre Pato novamente vaiado por parte da torcida ao ser substituído por Paolo Guerrero, a equipe comandada por Tite justificou a baixa média de gols no Campeonato Brasileiro e só fez 1 a 0 no Coritiba aos 45 minutos do segundo tempo, com gol de pênalti do peruano.

Livre da “empatite”, problema diagnosticado pelo próprio Tite, o Corinthians entrou na zona de classificação para a Copa Libertadores da América com o resultado. Totaliza agora 25 pontos, contra 24 do concorrente Coritiba.

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Em jogo fraco, Corinthians vence o Coritiba no final no Pacaembu (Foto: Alan Morici/Associated Press)

A preocupação com a tabela do Brasileiro, entretanto, está adiada. O próximo compromisso do Corinthians será pelas oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Luverdense, fora de casa, na noite de quarta-feira. No mesmo dia, o Coritiba irá ao Barradão para enfrentar o Vitória pela Copa Sul-americana.

Pelo Brasileiro, o próximo desafio do Corinthians será contra o Vasco, em Brasília, no domingo de 25 de agosto. O Coritiba jogará um dia antes, diante do Criciúma, no Heriberto Hülse.

O jogo

O Corinthians entrou em campo com a perna canhota. Frio (mas não calculista) como o clima paulistano, o time dirigido por Tite decidiu explorar demasiadamente o lado esquerdo do campo para tentar incomodar a bem postada defesa do Coritiba.

As principais jogadas ofensivas eram conhecidas de quem costuma acompanhar o Corinthians: tabelas entre Fábio Santos e Emerson, que resultavam em cruzamentos ou chutes tortos na maioria das vezes. Quem também contribuía por ali era Danilo, novamente titular após ser poupado na rodada passada, sem economizar nos carrinhos e nas divididas mais ríspidas.

O Corinthians só conseguiu ser perigoso de fato, no entanto, com a bola parada. Aos 17 minutos, Renato Augusto levantou na área em cobrança de falta, e Alexandre Pato cabeceou com estilo. Vanderlei fez uma bela defesa para salvar o Coritiba, que não demorou a responder. Aos 20, Junior Urso arriscou o chute de longe e mandou por cima do gol, assustando Cássio.

Como oportunidades como as anteriores eram raras no primeiro tempo, Tite decidiu entrar em ação. O gaúcho mudou o posicionamento de Emerson e Renato Augusto, fazendo com que o segundo passasse a ser mais participativo – pela esquerda. Ainda assim, o Corinthians chegava com muita lentidão ao ataque e facilitava o trabalho defensivo dos visitantes.

O Coritiba não queria apenas não levar gols – apesar de até o centroavante Bill, um ex-corintiano, parecer mais preocupado em marcar. Sempre que podia, o time paranaense tentava encurtar o caminho para o ataque com lançamentos e enfiadas de bola. A torcida corintiana se amedrontava mais, contudo, quando o goleiro Cássio saía jogando com os pés.

Para furar o bloqueio do Coritiba, alguns jogadores do Corinthians perceberam que era necessário seguir a mesma recomendação endereçada a Cássio: chutar a bola para a frente, com força. Foi o que Renato Augusto fez ao bater de fora da área aos 36 minutos, parando nas mãos de Vanderlei, na última chance de gol do primeiro tempo.

O que o Corinthians havia produzido até então não chegava a ser satisfatório, embora jogadores como Fábio Santos dissessem o contrário ao descer para o vestiário. Tite estava irrequieto, mexendo-se mais do que muita gente em campo. O técnico ouvira um grito de um torcedor mais impaciente do que ele: “Coloca o Guerrero no lugar do Ibson, por favor!”.

Com a mesma formação que terminou o primeiro tempo, o Corinthians iniciou o segundo com uma postura mais afobada. O atacante Arthur aproveitou para finalizar duas vezes com liberdade, uma delas com um voleio da entrada da área e outra na frente de Cássio. Muitos torcedores corintianos, então, uniram-se no pedido a Tite: “Guerrero! Guerrero! Guerrero!”.

O técnico preferiu mandar Romarinho a campo, no lugar do aplaudido Emerson – que, pouco antes, havia levado um cartão amarelo e uma bronca por não contribuir na marcação. A mudança surtiu efeito. Logo em seguida, Pato voltou a perder um dos seus gols característicos ao (bem marcado por Diogo) completar um cruzamento rasteiro da esquerda para o alto.

A chance perdida foi a senha para Pato sair vaiado para a entrada de Guerrero. Na área Vip do Pacaembu, um garoto chegou a brigar com o pai, pois queria hostilizar o astro e era orientado a aplaudir. Pouco depois, Douglas substituiu Renato Augusto. No Coritiba, Marquinhos Santos trocou Bill por Julio Cesar.

Enfrentando desconfiança semelhante à enfrentada por Pato, Ibson seguiu em campo e quase premiou Tite com uma boa assistência para Guerrero. O peruano chegou a colocar a bola na rede, mas em posição de impedimento. Àquela altura, após os 30 minutos da etapa final, o Corinthians já esquecia a organização para pressionar “com raça e com o coração”, conforme o público cantava.

O esforço adiantou. Com disposição para acuar o Coritiba no campo defensivo nos minutos finais, o Corinthians teve a grande oportunidade de remediar a sua “empatite” quando Danilo caiu dentro da área ao disputar a bola com com Luccas Claro, aos 43 minutos. Sem ligar para as contestações adversárias, Guerrero cobrou com categoria e conferiu.

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