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Com números incríveis na Seleção, Kaká e Robinho reeditam dupla

A estreia oficial da dupla com a camisa amarelinha aconteceu no dia 27 de março de 2005, em partida válida pelas Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 13/09/2013 às 16:36

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No Campeonato Brasileiro de 2002, o são-paulino Kaká e o santista Robinho brigavam pelo posto de jovem mais promissor do Brasil. O atacante levou a melhor no torneio nacional ao ficar com o título, mas foi o meia quem conquistou o pentacampeonato mundial na Coreia do Sul e no Japão. A partir do ano seguinte, porém, os dois tornaram-se companheiros na Seleção Brasileira, formando parceria de sucesso e com números espetaculares: foram 56 partidas com 43 vitórias, nove empates e três derrotas, somando 82% de aproveitamento.

A estreia oficial da dupla com a camisa amarelinha aconteceu no dia 27 de março de 2005, em partida válida pelas Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo da Alemanha. O palco foi o Serra Dourada e o adversário o Peru. Enquanto Robinho entrou no segundo tempo na vaga de Juninho Pernambucano, Kaká foi titular e responsável por fazer o gol da vitória apertada.

Também pelas Eliminatórias, mas em 5 de junho, os garotos estiveram pela primeira vez juntos desde o início de uma partida pela Seleção. Azar dos paraguaios, que sucumbiram no Beira-Rio por 4 a 1. O jogo, inclusive, ficou marcado por evidenciar o apelido “Quadrado Mágico” para o setor ofensivo verde e amarelo, formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Ronaldo e, eventualmente, Robinho, que balançou as redes na presença do então jogador do Milan.

Se Kaká já trilhava o caminho para ser ídolo no time italiano, a revelação peixeira dava os primeiros passos no Real Madrid. Curiosamente, ambos tiveram saídas conturbadas para a Europa, com valores considerados baixos pelo potencial dos jovens. Em entrevista à GazetaEsportiva.net em 2005, Kaká comentou a chegada do amigo ao futebol europeu e pediu menos cobranças para o ex-santista chegar a ser melhor do mundo.

“Minha negociação foi muito boa para mim, para o Milan e para o São Paulo. Disso, eu tenho certeza absoluta. E isso deve ser um parâmetro a ser usado. Uma negociação deve ser vista como um todo, e não só por um aspecto específico. Futebol para isso (ser eleito o melhor do mundo) ele tem, mas há vários fatores que podem influenciar positiva e negativamente. Não se pode cobrar isso e não acredito que isso deva nortear a carreira de um jogador. Conquistando títulos, acontecerá naturalmente”, sentenciou o rossonero.

A última vez em que Robinho e Kaká atuaram juntos pelo Brasil foi na eliminação para a Holanda em 2010 (Foto: Divulgação/FIFA)

E foi em 2005 que Robinho levantou sua primeira taça internacional, contando com significativa ajuda de Kaká. Depois de início irregular, o Brasil passou a apresentar futebol brilhante na Copa das Confederações e chegou embalado para a final contra a Argentina. O atacante teve atuação discreta, mas Kaká chamou a responsabilidade ao lado de Adriano e marcou um golaço na goleada por 4 a 1 que sacramentou a conquista em solo alemão.

No ano seguinte, novamente em terras germânicas, o “Quadrado Mágico” empolgava o planeta e a Seleção Brasileira era vista como o adversário a ser batido. Kaká mostrou cartão de visitas logo na estreia ao fazer o gol da vitória sobre Croácia em belo chute de fora da área. Robinho, por outro lado, amargou a reserva e ainda viu o parceiro sofrer com problemas físicos até a eliminação nas quartas de final, quando o time de Carlos Alberto Parreira perdeu por 1 a 0 para a França em show de Zinedine Zidane e Thierry Henry.

Kaká então perdeu espaço com a chegada de Dunga ao comando da Seleção, enquanto Robinho passou a ocupar o posto de protagonista. Quando o meia começou a ganhar a confiança do novo treinador, pediu para ser cortado da Copa América de 2007 e iniciou nova briga para ser titular. E quando a dupla emplacou sequência nas Eliminatórias Sul-americanas e na Copa das Confederações, o Brasil voltou a ter o apoio da torcida, embora custasse a encantar nos gramados. Exceção feita à exibição de gala contra o Equador no Maracanã, com dois belos gols de Kaká e uma jogada espetacular de Robinho para servir Elano.

Em 2010, a dupla teve a chance de colocar de vez o nome na história canarinho, mas os deuses do futebol traçaram caminho tortuoso no Mundial da África do Sul. Kaká fez uma boa partida contra a Costa do Marfim, quando acabou expulso. Já Robinho foi destaque nas oitavas de final contra o Chile e abriu o placar nas quartas contra a Holanda. Os craques, entretanto, não contavam com as falhas de Julio Cesar e expulsão de Felipe Melo.

Desde aquele 2 de julho de 2010, as revelações de São Paulo e Santos seguiram por rotas diferentes para, enfim, se encontrarem novamente. Kaká deixou o Milan para atuar no Real Madrid e não engrenou como galáctico. Robinho se despediu do Santos em sua segunda passagem para assinar com o Milan. Três anos depois, o atacante pôde recepcionar o amigo em San Siro. Kaká aceitou diminuir salários e voltou por empréstimo ao time milanista, sem perder o posto de Príncipe e com a ajuda de seu parceiro de cinco anos na Seleção Brasileira.

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