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A excursão do Corinthians para os Estados Unidos não começou bem para o centroavante Paolo Guerrero. Com pavor de avião – apesar das incontáveis viagens que faz com a equipe –, o peruano precisou se esconder em um cobertor laranja até conseguir dormir e foi alvo de algumas brincadeiras de seus colegas de clube.
A viagem foi bem mais longa do que aquela que Guerrero fez para o Peru em suas férias. Durou quase dez horas, com direito a escala em Santo Domingo, na República Dominicana, para reabastecimento antes do desembarque em Miami. De lá, o elenco seguiu de ônibus para Fort Laudardale, onde ficará concentrado para a disputa da Copa Flórida.
O trauma de Guerrero com as viagens aéreas começou quando ele ainda era uma criança. Em 11 de dezembro de 1987, o Fokker F-27 da Marinha de Guerra do Peru que levava a delegação do Alianza Lima caiu no mar de Ventanilla, perto do Aeroporto Jorge Chávez, na capital peruana. José “Caico” Gonzáles Ganoza, tio do centroavante do Corinthians, foi uma das 43 vítimas fatais da tragédia – apenas o piloto sobreviveu.
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O medo de avião, no entanto, não afeta o desempenho de Guerrero dentro de campo. Uma das maiores viagens que ele fez foi para Dubai e depois para o Japão, em 2012, para a disputa do Mundial de Clubes. E, mesmo com uma adversidade no voo, ele marcou os dois gols corintianos no torneio.
“A viagem até que foi tranquila. A gente só teve um probleminha de Dubai para o Japão (uma fresta se abriu em uma das portas da aeronave), e eu fiquei muito nervoso. Sou assim. Não sabia o que tinha acontecido”, contou Guerrero, meses depois, já como campeão mundial.
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