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Por conta das manifestações contra a presidente Dilma Rousseff programadas para este domingo, o Palmeiras enfrentou o XV de Piracicaba às 11 horas da manhã, e quem foi ao Palestra Itália esteve perto de encontrar motivos para protestar. O time, que perdeu do Santos na quarta-feira, não convenceu, mas contou com gol de Gabriel aos 39 minutos do segundo tempo para vencer por 1 a 0.
A finalização certeira do volante foi um alívio para a maioria dos 26.199 pagantes que estiveram no estádio. O Verdão continuou refém da sua mania de ficar tabelando em vez de chutar e marcou o gol quando já tinha um jogador a mais em campo – o volante Tony foi expulso aos 19 minutos do segundo tempo após receber o segundo amarelo em carrinho por trás na promessa palmeirense Gabriel Jesus.
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A vitória aproxima o Palmeiras da vaga nas quartas de final do Paulista: a equipe atinge 21 pontos, tranquilo na liderança do grupo C, e com a semana para treinar até visitar o São Bernardo, às 17 horas (de Brasília) do próximo domingo. No mesmo dia e horário, o XV de Piracicaba, com dez pontos e fora da zona de classificação do grupo D, recebe o São Bento.
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O jogo – Oswaldo de Oliveira manteve a escalação da derrota para o Santos, na quarta-feira, mas com uma alteração tática para ajustar a marcação deficiente e o sistema ofensivo inoperante na Vila Belmiro. O volante Gabriel se posicionou frequentemente como terceiro zagueiro, procurando Arouca para iniciar a saída de bola e transformando Lucas e Zé Roberto em alas.
Na frente, a troca de posições se manteve, mas com Robinho mais próximo de Cristaldo. Nos primeiros minutos, o meia apareceu com frequência na área e o Palmeiras logo escolheu o lado esquerdo, com Dudu ou Allione, para focar suas tentativas de se aproximar do gol.
O XV de Piracicaba, porém, teve calma e se ajustou fazendo o básico. Toninho Cecílio, ex-zagueiro e gerente de futebol do Verdão, montou duas linhas de quatro bem próximas na intermediária defensiva. Mesmo com as constantes e lúcidas inversões de bola de Dudu, sempre havia tempo para alguém da equipe interiorana se recuperar e bloquear qualquer jogada próxima do gol de Roberto.
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Neste cenário, se repetiu um erro que vem acompanhando este Palmeiras de 2015: a insistência em trocar passes demais em vez de chutar. Os visitantes não se incomodaram em ficar olhando e perseguindo a bola que ia de pé em pé dos que vestiam verde. Melhor ainda para o XV que os comandados de Oswaldo de Oliveira não mostram confiança para bater de longe.
As tentativas de mostrar técnica parava também em mais atuações cheia de erros e poucas escolhas inteligentes de Lucas e Allione, autores de passes errados com frequência irritante. Com isso, as únicas jogadas que levaram algum perigo a Roberto foram finalizações de fora da área de Robinho e Lucas.
Para o segundo tempo, o Palmeiras resolveu dar dois passos à frente, para pressionar a saída de bola do XV, com Gabriel mais solto e Arouca buscando mais a bola. Llogo aos dois minutos, sentiu a consequência da estratégia: deu espaço para o rival atacar e, em cabeçada, Fernandes esteve perto de abrir o placar.
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Mas o Verdão precisava vencer, e a torcida teve motivo para comemorar aos dez, quando fez festa na entrada de Gabriel Jesus no lugar do confuso Allione. A primeira consequência positiva da entrada do garoto apareceu aos 19 minutos: o camisa 33 recebeu carrinho perigoso, por trás, de Tony, que levou o segundo amarelo e deixou o XV com um a menos. Oswaldo logo quis aproveitar, substituindo Arouca por Leandro Pereira.
Mas de nada adiantou a maior presença ofensiva. O Palmeiras não abre mão de sua irritante mania de ficar trocando passes em vez de finalizar, e a entrada de Ryder no lugar de Cristaldo só fortaleceu essa ineficiente característica. Como era óbvio, o time levou perigo apenas em bola que sobrou para Gabriel Jesus, fora da área, bater rente à trave, já aos 35 do segundo tempo.
A salvação, contudo, veio de outro Gabriel, sem Jesus como sobrenome. Após outro bate-rebate na área, a sobra ficou para o volante enfiar o pé, jogando-o nas redes do goleiro Roberto, aos 39 minutos, e colocando um sorriso em quem já estava pronto ou tinha iniciado xingamentos contra o time.
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