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O Santos sofreu apenas uma derrota diante de seu torcedor nesta temporada (contra o Grêmio). Desde que Dorival Júnior assumiu o comando do time, a equipe venceu todos seus jogos em casa. São nove vitórias e uma campanha que levou a equipe a ser o segunda melhor deste returno do Campeonato Brasileiro, a um ponto do Flamengo (que joga hoje), o primeiro clube dentro do G4. Mesmo assim, nesta quarta-feira, apenas 6.179 torcedores foram à Vila Belmiro para assistir o Peixe golear o vice-líder Atlético-MG por 4 a 0.
“Precisamos de uma resposta maior do torcedor. Se não, não adianta brigarmos para ter os jogos aqui. O prejuízo vai ser muito grande se sairmos daqui. Mas, nem no nosso campo conseguimos lotar, mesmo a equipe fazendo uma boa campanha”, cobrou Dorival.
A reclamação do treinador parte principalmente em função das atuais discussões entre o comandante do elenco e a diretoria alvinegra. Dorival sempre faz questão de atuar na Vila, mas o presidente Modesto Roma Jr. tem batido na tecla de que o clube precisa de receitas maiores com bilheteria para aliviar seu caixa.
Nesta quarta, os torcedores renderam “só” R$ 235.610,00 ao Santos. Há três jogos o público não chega sequer a 9 mil pagantes. Tudo isso tem feito Dorival “perder a briga”. A partida de volta, pelas quartas de final da Copa do Brasil, contra o Figueirense, dia 30, acontecerá no Pacaembu, em São Paulo. E apesar de toda a irritação do treinador, o clube também está muito próximo de confirmar a mudança de local para os jogos contra Fluminense e Flamengo, no qual é mandante, pelo Campeonato Brasileiro.
“Vou continuar defendendo essa questão, porque, o Santos jogando na Vila, os resultados têm aparecido. Mas, na parte financeira, tem sido um prejuízo muito grande, não tenha dúvida”, reconheceu o técnico.
A recorrente ausência de mais torcedores na Vila Belmiro é encarado como um “dilema” por Dorival. Principalmente pelo futebol que seu time tem apresentado. Apesar disso, o técnico santista se esquivou quando questionado se o Peixe tem, hoje, o melhor futebol do país.
“Não sei. Mas joga um futebol vistoso, de resultados. Neste sentido, sim. No futebol, você paga um preço muito alto, não dá para saber. Se a equipe continuar buscando com essa intensidade, algo de bom deve acontecer. O que não podemos é perder este caminho que a equipe vem tendo. Aí sim, seria um grande desperdício, por tudo que essa equipe já mostrou que pode fazer”, resumiu.
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