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A precoce eliminação no Campeonato Paulista é, de fato, o primeiro grande fiasco do Corinthians pós título Mundial de Clubes. Maior até que a campanha medíocre no Campeonato Brasileiro do ano passado. Em 15 meses, o time foi da glória do Japão ao fundo do poço, bem retratado no 0 a 0 em Penápolis.
Até dezembro, diretoria acreditava que o problema era Tite. Bastaria trocá-lo que, como num passe de mágica, o elenco "acomodado com as vitórias" reagiria. E, claro, isso não aconteceu. Até agora, Mano Menezes, "apalavrado" com os dirigentes logo após a saída de seu antecessor, só colecionou resultados inexpressivos.
Do fim de 2013 ao início de 2014, houve outra série de problemas - os principais estão listados abaixo. Crise financeira, relação conturbada com a torcida, contratações que não deram certo, o "mico" Alexandre Pato, racha político dentro do grupo que está no poder desde 2007.
O momento ruim ficou explícito na queda melancólica ainda na primeira fase no Campeonato Paulista, como acontecera em 2008 e 2010, ambas com Mano Menezes, que foi campeão estadual invicto em 2009.
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Dirigentes que comandam o futebol garantem que, a partir de agora, tudo mudará, embora já há uma série de conselheiros que temem pelo pior no Campeonato Brasileiro, que começa dia 20 de abril. Nesta quarta-feira, o Corinthians estreia na Copa do Brasil fora de casa contra o Bahia de Feira de Santana. Se vencer e eliminar o jogo da volta, o time ficará quase um mês sem jogar. Esta é a primeira consequência da queda no Paulistão
Reformulação tardia e apostas erradas
Tão logo o time foi campeão do mundo, o tema "renovação" virou prioridade. A diretoria contratou três jogadores para arejar o elenco. O primeiro problema: dos três, só um reforço se mostrou confiável, o zagueiro Gil. Na prática, Renato Augusto e Alexandre Pato foram dois tiros n’água. Com eles, o clube se complicou no lado financeiro e não alcançou seu objetivo.
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No meio do ano passado, porém, já havia ficado evidente que a renovação era mais que necessária. As novas contratações, no entanto, só vieram na reta final do Brasileiro. Mas já em tom emergencial e num cenário de contingência financeira.
Tite ficou com um elenco desgastado e sem peças de reposição em casos de convocação de seleções e principalmente quando algum veterano se contundia, algo que ocorreu com frequência. Não à toa Paulo André, o zagueiro, chegou a jogar de centroavante, assim como o meia Renato Augusto.
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Na virada do ano, mesmo com Mano já confirmado como novo técnico, a reformulação só começou depois do início ruim no Paulistão - a sequência de derrotas que culminou com a invasão e com a debandada de jogadores - Ibson, Douglas, Paulo André e Alexandre Pato.
"Alguém tinha que começar com isso (reformulação), e vamos colocar a mão na massa", disse Mano, domingo passado, após a queda no Paulistão. O elenco de hoje ainda conta com reservas de luxo, como Emerson Sheik e Danilo, que acabou de renovar contrato.
Relação conturbada
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Se ano passado, as organizadas foram responsáveis por perdas importantes de receitas - por causa de punições, o time atuou de portões fechados e longe de casa -, em 2014 esse mesmo grupo de torcedores continuou a causar problemas e novamente o clube se viu em caso de polícia.
A invasão ao CT acabou na delegacia e com saia justa entre o presidente e o atacante Paolo Guerrero, que contradisse Mário Gobbi e garante que não foi agredido.
Racha político
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Andrés Sanchez, ex-presidente e responsável pelas obras do Itaquerão, passou a discordar da gestão de Gobbi, a quem ele havia apoiado. Andrés passou a fazer críticas públicas ao atual presidente. No último sábado, por exemplo, Gobbi não foi ao treino no Itaquerão e nem ao jogo em Penápolis. Andrés esteve no jogo no Interior e foi tietado por torcedores.
Andrés disse há duas semanas, em entrevista a um jornal estrangeiro, que voltará a ser presidente do clube. E no Parque São Jorge não são poucos os que querem seu retorno ao cargo.
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