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Tite dividiu o elenco do Corinthians em três times para comandar um treinamento técnico na tarde desta quarta-feira, no CT Joaquim Grava. Em um deles, o de colete amarelo, estavam dois jogadores que deverão deixar o clube em breve – o experiente atacante Emerson e o jovem meia Matheus Cassini.
Emerson tem contrato válido até 15 de julho, e a diretoria não manifestou interesse em renovar o vínculo. A idade avançada do Sheik (36 anos), o seu histórico de confusões e as ausências em jogos decisivos em 2015 (não estava em campo contra Palmeiras e Guaraní, por exemplo) pesaram contra a permanência.
O principal empecilho, contudo, foi financeiro. Devendo vencimentos referentes a direitos de imagem a boa parte dos atletas, o Corinthians pretende enxugar a sua folha salarial. Nem mesmo o apreço de Tite por Emerson, portanto, deverá segurá-lo no clube do Parque São Jorge.
Já Cassini deixará o Corinthians sem nem sequer ter estreado como profissional. A negociação com o Palermo, da Itália, está perto de ser fechada em € 1,5 milhão (mais de R$ 5,3 milhões) – o clube detém 70% dos direitos econômicos do atleta de 19 anos – e render um contrato válido por cinco anos à jovem promessa.
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Pressionado pela revolta de torcedores corintianos em redes sociais, o ex-presidente Andrés Sanchez deixou momentaneamente de lado a crise financeira e culpou a vontade de Matheus Cassini pelo acerto com o Palermo. O Corinthians tem se notabilizado por perder pratas da casa muito cedo nos últimos anos – foram os casos do meia Willian e do zagueiro Marquinhos, por exemplo, hoje convocados com frequência para defender a Seleção Brasileira.
Mesmo com a iminência de sua saída, Cassini trabalhou normalmente nesta tarde. Não fugiu de divididas mais duras e até buscou algumas tabelas com Emerson, que trocou de equipe com o centroavante Vagner Love já no final do treinamento e também se movimentou com naturalidade.
O mesmo ocorreu Paolo Guerrero, que estava no time de colete laranja. Próximo de se apresentar à seleção do Peru para a disputa da Copa América, o centroavante é mais um que dificilmente seguirá no Corinthians. O seu contrato terminará em 31 de julho, e ele pretende receber R$ 18 milhões do clube endividado somente como prêmio por uma prorrogação.
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Baixas
Ao contrário de Emerson e Cassini, o meia Jadson pouco correu no gramado. O jogador reclamou de dores na coxa esquerda quando fazia aquecimento e saiu mais cedo da atividade para passar por uma avaliação médica.
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Já o também meia Renato Augusto, com um trauma na perna esquerda, e o atacante Luciano, que sofreu lesão muscular ainda na primeira das duas derrotas para o Guaraní na Libertadores, nem sequer apareceram em campo. Ambos dificilmente estarão de volta contra o Fluminense no domingo, no Maracanã, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
Em compensação, o goleiro Cássio se mostrou recuperado da dor que sentia no quadril. À frente dele no fim de semana, provavelmente Edu Dracena estará ao lado de Gil. A dupla de zaga treinou junta outra vez, indicando que o veterano ganhou a posição do contestado Felipe.