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Se o São Paulo quiser lembrar de algum feito conseguido nesta quarta-feira contra o Atlético Mineiro, tem que se orgulhar por ter evitado uma goleada. Após levar três gols no primeiro tempo no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, reagiu para fazer uma etapa final mais decente e perder pelo digno placar de 3 a 1, pela 16.ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O jogo era encarado pelo São Paulo como a chance de se aproximar dos líderes e provar que tem condições de sonhar com algum título - ficou em quinto lugar, com chances de cair até o fim da rodada, com 27 pontos. O choque de realidade, porém, foi grande e mostrou o quanto a equipe ainda está degraus abaixo do Atlético - líder com 35 pontos, dois a mais que o Corinthians -, principalmente quando o assunto é eficiência.
Fã do rodízio de jogadores, o técnico colombiano Juan Carlos Osorio surpreende na escalação a cada rodada e não tem acertado. Se no último domingo apostou em Lucão como volante, nesta quarta-feira escolheu Michel Bastos para a função. O líder em assistências do time ficou recuado demais e pouco produziu.
A surra do primeiro tempo puniu quem perdeu inúmeros gols e não aprendeu com as falhas. Enquanto o ataque dava um show de desperdício, a defesa com três zagueiros não se entendia no posicionamento e muito menos em como conter Lucas Pratto. O centroavante argentino precisou fazer três gols para o São Paulo se dar conta do quanto estava errado.
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O placar de 3 a 0 no intervalo se resumiu em competência. O São Paulo impressionou ao ameaçar o líder com posse de bola, marcação adiantada e ótimas chances. Alexandre Pato obrigou o goleiro Victor a fazer milagre, perdeu outras duas oportunidades claras e Paulo Henrique Ganso ainda acertou um chute na trave.
Só que em poucos ataques, o Atlético resolveu o jogo como queria. Sem cobertura nas alas, muito ofensivo e com a zaga perdida, o São Paulo virou presa fácil para Lucas Pratto enfileirar gols e quase sempre conseguiu definir as jogadas desmarcado.
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O vexame anunciado lembrou a goleada sofrida diante do Palmeiras no último mês, e fez Osorio acordar. O colombiano desfez no começo do segundo tempo o esquema com três zagueiros. Hudson saiu, Rodrigo Caio passou a ser volante e a marcação ficou um pouco mais organizada com a linha de quatro na defesa.
O time só continuou exposto porque manteve a postura ofensiva e a decisão deu certo. O gol de cabeça de Alexandre Pato, aos 13 minutos, deu um alento ao time e recolocou o Atlético em alerta para evitar a reação. As duas equipes passaram a ter mais chances e obrigaram os goleiros a trabalhar. Rogério Ceni teve destaque e fez duas boas defesas que salvaram o time de levar o quarto gol.
A reação parou no primeiro gol e, ainda atordoado, o São Paulo só precisou esperar o fim do jogo. Pelo menos a equipe terá 10 dias até voltar a campo e demonstrar contra o Corinthians, no estádio do Morumbi, que pode ameaçar os líderes do Brasileirão. Já o Atlético tentará se manter na ponta contra o Goiás, em Goiânia, também no dia 9 de agosto.
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