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Depois de a Espanha levar 5 a 1 da Holanda, um pouco mais cedo, começou-se a especular que o Chile poderia passar como segundo do Grupo B e pegar o Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo. Mas, se quiser conseguir este feito, os chilenos terão que jogar mais do que mostraram na estreia, nesta sexta-feira. Depois de um início arrasador e apesar de atuar praticamente em casa na Arena Pantanal, em Cuiabá, o time sul-americano sofreu para vencer a Austrália por 3 a 1.
Time de bom toque de bola, o Chile acabou sucumbindo à força física dos australianos, que no segundo tempo passaram a merecer o empate, tanto que chegaram com perigo ao gol defendido por Cláudio Bravo. Valdivia, que fez o segundo gol, e Vidal, escalado como titular, saíram cansados no segundo tempo no calor da capital do Mato Grosso.
Com a vitória, a seleção chilena é segunda do Grupo B, atrás da Holanda. Na quarta-feira, às 16 horas, o Chile pega a Espanha, no estádio do Maracanã, e um empate já será um ótimo resultado. Já a Austrália vai até Porto Alegre para pegar a Holanda, também na quarta, mas às 13 horas.
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O jogo
Tamanha era a presença da torcida chilena na Arena Pantanal que, quando acabou a execução da versão reduzida do Hino Nacional do país, jogadores e torcida continuaram a canção no "gogó". O momento arrepiou e serviu como um incentivo extra para os chilenos diante de um adversário que, na opinião geral, entrava na Copa como candidato a saco de pancadas.
Sabendo da possibilidade golear, o Chile começou a partida pressionando, marcando pressão no campo todo. Os australianos se limitavam a defender e só conseguiram evitar o primeiro gol por 11 minutos. Jogador do Internacional, Aránguiz recebeu pela direita da área, passou por um marcador, não deixou Mat Ryan chegar e cruzou. A bola acabou sobrando para Sánchez, que bateu com tranquilidade no espaço entre o goleiro e a trave.
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Dois minutos depois o Chile faria o segundo, em outra boa participação do jogador do Barcelona, que limpou a jogada pela meia direita e achou Valdivia livre na área. O palmeirense dominou e mandou para o fundo das redes, pelo alto. A bola bateu no travessão e entrou.
Era o suficiente para a torcida começar a gritar "olé" e ficar a expectativa por uma goleada. A Austrália, aos poucos, porém, começou a se lançar. Tentou um chute de longe, arriscou com Leckie, que fez ótima jogada pela direita e bateu por cima. Aos poucos, o Chile cansou. Aos 34 minutos, Franjic cruzou da direita e encontrou Cahill. Atrás de Gary Medel, ganhou pelo alto e descontou para os australianos.
Se havia a expectativa por uma goleada, a vitória parcial de 2 a 1 na saída para o intervalo acabou sendo decepcionante para os chilenos. E a coisa poderia ficar pior se o árbitro Noumandiez Doue, da Costa do Marfim, tivesse marcado pênalti quando Jara puxou Cahill pela camisa na área.
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Enquanto o Chile queria jogar bonito e não conseguia furar a concentração de australianos postados dentro da área, o rival crescia e chegou a marcar aos 7 minutos, com Cahill, de cabeça, mas o gol foi invalidado, corretamente, por impedimento. Aos 10, Bravo fez milagre em chute rasteiro de Bresciano. No rebote, pegou à queima-roupa.
Fora de forma, Vidal saiu para entrar Gutiérrez e o jogo ficou aberto. De um lado, o Chile quase fez com Vargas, mas a zaga da Austrália tirou em cima da linha - a tecnologia da linha do gol provou que a bola não entrou. Na resposta, Bresciano arriscou e mandou para fora.
Com 20 minutos, já era possível dizer que a Austrália merecia o empate. Afinal, toda a superioridade dos minutos anteriores havia ficado na história. O segundo tempo era australiano. Só Cahill, que é atacante mas usa a camisa 4, de zagueiro, ganhou duas de cabeça pelo alto, mas mandou por cima.
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Nos minutos finais, porém, faltou perna para os australianos. Responsável pela correria, Leckie sentiu cãibras e teve que continuar em campo porque o time já havia feito três substituições. No finalzinho, o Chile fez o terceiro, com Bonsejour, que pegou rebote de defesa parcial de Mat Ryan.