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Chapas vão decidir neste domingo sistema de votação

“A gente teve centenas de pessoas dentro do salão em função de serem cinco chapas, isso dificultou o andamento da eleição", disse Paulo Schiff

Publicado em 06/12/2014 às 21:22

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Após a anulação polêmica das eleições presidenciais do Santos Futebol Clube neste sábado, algumas mudanças devem ocorrer para o pleito do próximo sábado. Presidente da Assembleia e do Conselho Deliberativo do clube, Paulo Schiff explicou no noite deste sábado que uma reunião está marcada para este domingo com os representantes das cinco chapas.

“A gente teve centenas de pessoas dentro do salão em função de serem cinco chapas, isso dificultou. A gente já começou a repensar hoje a logística para sábado que vem e amanhã vamos nos reunir com os representantes das cinco chapas”, disse Schiff, admitindo que conversou com o conselheiro José Ananias da Silva, 73 anos, responsável por causar o tumulto durante a votação ao depositar duas cédulas na urna 7.

“Eu mesmo conversei com o Ananias na hora que denunciaram a urna 7. ‘Você colocou (cédulas nas urnas)? Ele disse que sim. Perguntei: ‘por quê?’. Ele não soube dizer, se calou”, explicou. “Ele é conselheiro há cinco anos do clube, ele confessou o erro. Mas, primeiro, é um erro e não uma fraude, mas isso vai ser apurado rigorosamente e a aplicação (de punição) é o que cabe no estatuto. Mas que ele é conselheiro e indicado pelo Nabil, é sim”, confirmou o presidente do Conselho.

Orlando Rollo, logo após a confirmação da anulação e suspensão da eleição, foi um dos candidatos que já se manifestou sobre a forma que deve ser usada no próximo sábado. “Essas urnas, pode esquecer. Serão defenestradas. Vai ser voto de papel, isso já foi decidido na reunião como os representantes dos candidatos”, avisou.

Chapas vão decidir neste domingo sistema de votação (Foto: Ricardo Saibun/AGIF)

Diante disso, Paulo Schiff admitiu que deve ser difícil convencer as chapas de manter a votação utilizando as urnas eletrônicas, mas espera entrar em um consenso e mostrar que o sistema é seguro. Caso não consiga, as eleições serão feitas com cédulas de papel e organizadas pelo próprio Conselho, e não pela empresa Microbase, contratada para realizar a operação eletrônica.

“É uma questão que vai ser discutida amanhã, com as chapas. Não pretendo impor nada. Quero um consenso, mesmo com o Estatuto sendo claro, mas sei que será difícil agora”, disse Schiff.

Problema

Sócio-gerente da microbase tecnologia, Otaviano Galvão Neto foi convocado a dar explicações sobre o que ocorreu com as urnas eletrônicas logo no início da votação, neste sábado. A lentidão no sistema e a falha operacional, aliados à pressão penas milhares de pessoas que compareceram à Vila Belmiro, fizeram o clube abandonar a proposta e partir para o sistema com cédulas.

“Assim que todo mundo foi embora, os conselheiros se reuniram e nós ficamos sozinhos, no Salão de Mármore. Eu suspeitei de um determinado equipamento, um suíte, e, depois de deletar tudo que foi recolhido pelas máquinas, fizemos a troca e uma eleição (teste) do começo ao fim, e não aconteceu nada, nenhum problema”, explicou Otaviano, ressaltando a experiência da empresa no mercado. “Só no Palmeiras já fizemos 27 eleições. O que estava rodando aqui era exatamente o equipamento que estava rodando no Palmeiras no sábado”, lembrou.

Entenda o caso

A Assembleia foi iniciada com 40 minutos de atraso e gerou muita reclamação dos sócios. Com a necessidade de se obter 100 assinaturas para começar o pleito, sendo que a preferência era dada para as pessoas com 65 anos ou mais, o processo só começou as 10h40 deste sábado.

Depois disso, as dez urnas eletrônicas, alvos de tanta insatisfação dos candidatos opositores, passaram a apresentar problemas no sistema, que trabalhava muita lentidão, até chegar ao ponto da Assembleia ser obrigada a abolir a ideia e dar continuidade com cédulas de papel.

Urna 7 é retirado do Salão de Mármore (Foto: Ricardo Saibun/AGIF)

E ai outro problema foi identificado de prontidão. Com a possibilidade de quase 17 mil sócios votarem no Salão de Mármore da Vila Belmiro, as sete mil cédulas que o clube detinha não seriam suficientes.

Mas o estopim aconteceu quando um mesário foi acusado por uma sócia de ter inserido dois votos na urna 7. O mesário, que é ligado ao grupo situacionista, foi suspenso e uma confusão generalizada estourou no Salão. A revolta de todos os candidatos e seus apoiadores ficou incontrolável e, depois dos cinco se reunirem com o presidente da Assembleia, ficou definida a anulação do pleito, já marcada para o próximo sábado, das 10h as 20h, ou seja, com duas horas a mais do que era previsto para este sábado.

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