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O goleiro Rogério Ceni está engajado na luta de um grupo de jogadores por melhorias no calendário do futebol brasileiro. O movimento foi criado depois de a CBF ter divulgado o cronograma apertado da próxima temporada, mas, apesar de ser um dos nomes fortes do Bom Senso FC, o capitão do São Paulo admitiu que não deve ser beneficiado pelo resultado da luta, já que deve se aposentar no fim do ano.
“Vários assuntos serão abordados. É um movimento pacífico, para colher as ideias e as definições. Eu não vou usufruir (por estar perto do fim da carreira), logicamente, mas faço parte. As pessoas vão se surpreender com o número de atletas. Temos de repensar a forma de fazer o futebol brasileiro, porque ficamos para trás”, afirmou.
Rogério Ceni ainda não confirmou oficialmente sua aposentadoria, mas seu atual contrato vai apenas até dezembro e é quase certo que o goleiro não vai querer renovar. Nestes meses finais de trajetória nos campos, o goleiro faz parte do grupo que vem atraindo cada vez mais apoio no embate com a CBF.
A primeira carta do movimento teve a assinatura de 75 atletas, de clubes das Séries A e B do Brasil. Além de Ceni, fazem parte do movimento jogadores como Alex (Coritiba), Juninho Pernambucano (Vasco), D’Alessandro (Internacional), Dedé (Cruzeiro), Paulo André (Corinthians), Valdivia (Palmeiras) e Zé Roberto (Grêmio), entre outros. A primeira reunião do Bom Senso FC está marcada para esta segunda-feira.
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“As pessoas têm de entender que a pré-temporada é essencial. Este é um momento de dialogo e de botar no papel tudo que desejamos, para que todo mundo ganhe. Não é um movimento em que só a classe ganha. As pessoas que começaram com isso e me convidaram querem beneficio para todos”, afirmou.
Ceni reitera que os jogadores não serão os únicos que ganharão com as mudanças propostas. “São benefícios também aos profissionais que vivem do futebol, como jornalistas, TV... Não é necessário ter oito ou nove datas no mês, e sim sete, estendendo uma delas para atender à TV, que paga”, ponderou.
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O capitão tricolor explica que existe também a defesa pela contenção dos gastos no futebol, o que daria mais condições de disputa às equipes menores. “Pode não ser possível conseguir tudo de imediato, em 2014, mas que a gente consiga colocar no papel para ter coisas boas”, concluiu.