Esportes

Ceni lamenta terem "matado" Autuori e pede respeito a Muricy

O ex-treinador completaria dois meses de trabalho nesta quarta-feira, mas foi demitido pelo presidente Juvenal Juvêncio

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 13/09/2013 às 00:12

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A demissão de Paulo Autuori do São Paulo, na segunda-feira, pegou Rogério Ceni de surpresa. Prova disso é a maneira como o goleiro falou sobre o ex-treinador nesta quinta-feira, dia em que Muricy Ramalho retornou ao comando da equipe com vitória por 1 a 0 sobre a Ponte Preta, no Morumbi.

"Você vê como a vida é ingrata. Com um dos caras dos quais mais gostei de trabalhar, perdi dois pênaltis no Campeonato Brasileiro. Se tivesse feito, talvez nossa situação fosse diferente. Que a gente tenha pelo Muricy o carinho que talvez não tenha tido pelo Paulo", disse.

Autuori completaria dois meses de trabalho nesta quarta-feira, mas foi demitido pelo presidente Juvenal Juvêncio porque, embora tenha conquistado a Libertadores e o Mundial de 2005, não vinha apresentado resultado na atual passagem. O que preocupa é Ceni é o risco de Muricy também manchar seu passado vitorioso de três títulos brasileiros.

"São caras como ele e o Paulo que a gente tem que respeitar. Porque o Telê (Santana, treinador vencedor de duas edições da Libertadores e do Mundial, no início da década de 1990) morreu. O Paulo, nós matamos, em dois meses. Dos grandes campeões da última década, sobrou o Muricy. Se a gente não cuidar dele, quem vai ser o próximo?", comentou o capitão.

A demissão de Paulo Autuori do São Paulo, na segunda-feira, pegou Rogério Ceni de surpresa (Foto: Vipcomm)

"Botar estrela na camisa do São Paulo não é para qualquer treinador. Uma pena o Paulo ter saído. Ainda bem que existia o Muricy no mercado. Mas, tanto um quanto o outro têm que ser cuidados com carinho, porque são os últimos grandes vencedores pelo São Paulo", acrescentou.

O discurso de Ceni na saída de campo foi parte do que ele utilizou com os companheiros de elenco antes do treino de quarta-feira. Em seu último ano de carreira, o goleiro também não cogita se aposentar com a equipe rebaixada para a segunda divisão nacional. Por isso, cobra recuperação.

"Mas, já falei: não é da noite para o dia. Não é porque ganhamos em casa que podemos achar que está tudo resolvido. Mas, com esses 21 pontos, já pode brigar. Temos um confronto direto com o Vasco, que tem um ótimo time, deu uma subida de produção, tem grandes jogadores. Mas é uma chance. Se não ganhássemos, não teríamos possibilidade de chegar naquele grupo que briga para sair dessa zona", concluiu.
 

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