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O Morumbi foi palco de um clássico movimentado na noite desta quarta-feira. O São Paulo começou melhor e saiu na frente do placar, mas o Santos buscou o empate ainda no fim do primeiro tempo. No início do segundo, uma falha de Rogério Ceni proporcionou a virada, porém o time da casa empatou rapidamente e viu seu goleiro se redimir ao garantir de pênalti, quase no final do clássico, seu 128º gol na carreira (que o coloca entre os dez maiores artilheiros do clube, ao lado de Raí) e a vitória por 3 a 2, sob olhares do técnico Juan Carlos Osorio das tribunas.
O colombiano não comandou a equipe da capital por ainda não ter obtido visto de trabalho no Brasil, motivo pelo qual quem comemorou também os dois primeiros gols (de Michel Bastos, de falta, e Paulo Miranda, após escanteio) à beira de campo foi o interino Milton Cruz. No Santos, por sua vez, Marcelo Fernandes retornou ao banco de reservas depois de ter cumprido suspensão e viu de perto Ricardo Oliveira marcar duas vezes, uma em cobrança de pênalti e outra em arremate rasteiro.
Os dois times voltam a campo no sábado. No fim da tarde, o Santos (ainda com cinco pontos ganhos) recebe a embalada Ponte Preta. À noite, o São Paulo (que agora soma dez) joga novamente no Morumbi, desta vez contra o Grêmio.
O clássico desta quarta-feira foi a primeira vez de Juan Carlos Osorio como treinador do São Paulo. Sem visto de trabalho regularizado, no entanto, ele deixou ainda a cargo de Milton Cruz a missão de orientar o time. Até por isso, a escalação não foi muito diferente da que empatou com o Internacional, a não ser pelas entradas de Paulo Henrique Ganso (que não jogou em Porto Alegre por problemas pessoais) e Carlinhos, nos lugares de Luis Fabiano e Reinaldo (suspenso).
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Já no Santos, o comando técnico voltou a ser de Marcelo Fernandes, que cumpriu suspensão na rodada passada, no empate com o Sport, na Vila Belmiro. Sem Robinho, a serviço da Seleção Brasileira, optou pelo meia-atacante Rafael Longuine em detrimento de Gabriel. Sua equipe praticamente não atacou na primeira etapa. Logo no primeiro minuto, Vladimir deixou a meta para agarrar – com dificuldade – um cruzamento vindo do lado esquerdo. Pelo lance, precisou de atendimento médico pouco depois. Apesar disso, permaneceu em campo.
Aos dez minutos, o goleiro santista nada poderia fazer se o forte arremate de Dória, de dentro da área, não tivesse passado por cima do travessão. Três minutos mais tarde, foi a vez de Alexandre Pato experimentá-lo. O atacante recebeu passe pouco atrás da meia-lua, levou a bola ao pé esquerdo e chutou cruzado, rente à trave esquerda de Vladimir. Michel Bastos, como bom finalizador, também arriscou, mas mandou a bola por cima do gol.
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Pressionado, o Santos mal conseguia sair jogando. Na maioria das vezes, a saída eram ligações diretas mal executadas pelo zagueiro David Braz. Lucas Lima, responsável pela criação da equipe, sofria com a marcação e também a própria pontaria nos passes. Em um lampejo de habilidade e velocidade, arrancou com a bola da defesa rumo ao ataque, mas foi parado com falta que rendeu o primeiro cartão amarelo do jogo a Michel Bastos.
Foi aos 27 minutos a primeira boa chegada do time alvinegro. Desatenta, a defesa são-paulina permitiu que Daniel Guedes invadisse a área pelo lado direito e cruzasse rasteiro. Mas, antes de Ricardo Oliveira, quem chegou na bola foi Rogério Ceni. Com o time bem, depois da defesa, o goleiro-artilheiro até recusou uma oportunidade de cobrar falta na meia direita, aos 33. Michel Bastos se prontificou, chutou com força, no canto de Vladimir, que caiu com lentidão e foi vazado.
O volume de jogo muito superior faria apostar na vitória parcial do São Paulo na primeira etapa, porém houve tempo para um pênalti – assinalado após a bola tocar o braço esquerdo de Denilson – deixar o placar igual novamente, aos 45 minutos. Ricardo Oliveira cobrou no canto direito e viu Rogério Ceni espalmar. O próprio atacante ficou com o rebote e balançou a rede para empatar. Antes do intervalo, o goleiro ainda recebeu cartão amarelo da arbitragem por reclamar de advertência dada a seu reserva, Renan Ribeiro, no banco.
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A etapa final começou muito menor do que a inicial. Com um minuto, Ricardo Oliveira foi acionado em velocidade na meia direita, nas costas de Dória, invadiu a área e finalizou rasteiro, rente à trave esquerda. Rogério Ceni deixou o canto aberto e desviou contra a própria meta. A vantagem do Santos durou três minutos, somente até Paulo Miranda ser esquecido pela marcação adversária, em cobrança de escanteio, e marcar de cabeça o segundo gol são-paulino, o primeiro sofrido por Vanderlei, que substituiu Vladimir no intervalo.
O clássico ficou mais movimentado, e o Santos apareceu na área rival novamente aos 13 minutos. Ricardo Oliveira disputou bola pelo alto com Bruno e, mais do que a cabeça na bola, acertou o rosto do adversário com o cotovelo esquerdo. O atacante recebeu cartão. O lateral direito, atendimento médico e a notícia de que seria substituído por Hudson. Em seguida, Milton Cruz também sacou Thiago Mendes para colocar Ricky Centurión. No Santos, Marcelo Fernandes já havia trocado, além de Vladimir, também Rafael Longuine (por Marquinhos Gabriel), no intervalo.
Não demorou para que os dois treinadores gastassem novas substituições. Pelo São Paulo, Luis Fabiano substituiu Alexandre Pato. Na equipe visitante, Geuvânio deu lugar a Marquinhos. O empate persistia no placar até os 39 minutos, quando Daniel Guedes cometeu pênalti em Carlinhos. Rogério Ceni converteu a cobrança com tranquilidade, entrou para a lista dos dez maiores artilheiros do clube e se redimiu garantindo a vitória, facilitada ainda mais depois da expulsão de Marquinhos Gabriel, dois minutos depois.
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