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CBF afirma que vai votar no 'companheiro Blatter' na eleição da Fifa

O anúncio foi feito pelo presidente eleito da CBF, Marco Polo del Nero. Ele também revelou que todos os dirigentes da América do Sul votarão no cartola suíço, que há 40 anos está na Fifa

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 20/03/2015 às 15:12

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A CBF vai votar em Joseph Blatter na eleição presidencial da Fifa para que o suíço tenha mais um mandato no comando da entidade, o seu quinto. O anúncio foi feito pelo presidente eleito da CBF, Marco Polo del Nero. Ele também revelou que todos os dirigentes da América do Sul votarão no cartola suíço, que há 40 anos está na Fifa.

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Chamando Blatter de "companheiro", Del Nero também afirmou que o dirigente máximo do futebol tem feito "um excelente trabalho" na Fifa.

Blatter vem sendo duramente atacado por cartolas europeus, clubes e governos que o acusam de ter destruído a credibilidade da Fifa. Ele é acusado de abafar escândalos de corrupção e de permitir que outros dirigentes sejam mantidos na entidade, apesar de suspeitas.

Se durante a gestão de Ricardo Teixeira na CBF a relação entre Blatter e o brasileiro era alvo de atritos, o tom é diferente hoje. Teixeira chegou a apoiar Mohamed Bin Hammam contra o suíço na eleição passada. "Não existe necessidade de mudança", declarou Del Nero. Hoje, o brasileiro é presidente de comissões dentro da Fifa e um dos aliados de Blatter.

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A CBF vai votar em Joseph Blatter na eleição presidencial da Fifa (Foto: Divulgação)

Ainda assim, na eleição, marcada para maio, terá três concorrentes: o ex-jogador português Luis Figo, Ali bin al-Hussein, príncipe da Jordânia, e o holandês Michael van Praag.

Blatter se recusou a participar de um debate transmitido ao vivo com os demais candidatos e, nesta sexta-feira, indicou que não apresentaria nem mesmo um "programa de governo". " Meu programa é minha carreira", declarou.

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O suíço ainda incrementou a distribuição de recursos para as 209 federações que votam nas eleições. No total, ele usou US$ 1 bilhão em quatro anos para repassar os ganhos da entidade para seus "eleitores".

Ao final de 2014, sem avisar, Blatter mandou uma carta às federações anunciando que, diante dos altos lucros no Brasil, destinaria mais US$ 300 mil a cada um deles. Se para federações como da Alemanha ou Inglaterra o dinheiro não faria qualquer diferença, a realidade é que cerca de cem das 209 federações nacionais vivem com um orçamento de menos de US$ 2 milhões por ano.

A tática de Blatter obrigou os demais candidatos a seguir o mesmo modelo. Figo indicou que, se eleito, destinaria US$ 2,5 bilhões para as federações nacionais.

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