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Capital da empresa de Marin triplica após a sua saída da CBF

O salto no valor da empresa ocorreu no dia 16 de abril de 2014, coincidentemente mesma data em que Marco Polo Del Nero foi eleito para suceder Marin na presidência da CBF

Publicado em 31/05/2015 às 14:25

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Durante o período em que José Maria Marin foi presidente da CBF, de 2012 a 2015, o capital da sua empresa, a Rede Associada de Difusão, quase triplicou, passando de R$ 352 mil para R$ 1 milhão. O salto no valor da empresa ocorreu no dia 16 de abril de 2014, coincidentemente mesma data em que Marco Polo Del Nero foi eleito para suceder Marin na presidência da CBF - a posse, no entanto, só ocorreu um ano depois. Além de Marin, o outro dono da empresa é o seu filho, Marcus Vinícius, ex-diretor do Departamento de Futebol Amador da Federação Paulista durante o período em que Del Nero foi presidente da entidade estadual.

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Vice-presidente da CBF, Marin está preso na Suíça, envolvido em um esquema de corrupção na Fifa. O dirigente é acusado de ter cometido vários crimes, entre eles o de receber propinas nas negociações da Copa América e suborno em contratos da Copa do Brasil, torneio organizado pela CBF.

De acordo com a ficha cadastral na Junta Comercial de São Paulo obtida pelo Estado, a Rede Associada de Difusão tem por objetivo o comércio varejista de produtos não especificados, atividades de rádio e televisão e prestação de serviços. A empresa ganhou a concessão de uma rádio em Santa Isabel, município a 60 quilômetros de São Paulo.

Durante 17 anos de atividade, de 1997 a 2014, a Rede Associada de Difusão teve mudanças de endereço e sócios, mas o capital permaneceu inalterado em R$ 352 mil. Somente depois que Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF e Marin assumiu a entidade, o valor saltou de uma só vez para R$ 1 milhão.

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Vice-presidente da CBF, Marin está preso na Suíça, envolvido em um esquema de corrupção na Fifa (Foto: Milton Cruz/Agência Brasil)

Quando a empresa tinha R$ 352 mil de capital, R$ 264 mil (o equivalente a 75% das cotas acionárias) eram de Marin. Os 25% restantes (R$ 88 mil) eram de seu filho. Em 16 de abril de 2014, dia em que Marin esteve no Rio de Janeiro para a eleição de Del Nero, o capital total foi alterado para R$ 1 milhão, com manutenção dos porcentuais dos acionistas, mas redistribuição dos valores das cotas. Marin, então, passou a ter R$ 750 mil e seu filho Marcus Vinícius, R$ 250 mil.

Quando constituiu a Rede Associada de Difusão, em 1997, Marin tinha outros dois sócios: Joamar Jaquett e Noeme Dantas. À época a participação do ex-presidente da CBF na sociedade era de R$ 264 mil. Jaquett tinha R$ 17,6 mil e Dantas, R$ 70,4 mil, totalizando R$ 352 mil.

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Em 2000, Marin trocou a sede da empresa da Avenida Nove de Julho para um prédio comercial na Avenida Paulista, onde o metro quadrado dos imóveis está entre os mais caros do País.

No ano seguinte, saíram da sociedade Joamar Jaquett e Noeme Dantas para as entradas de Maria do Carmo Jaquetti (com R$ 17,6 mil) e Marcus Vinicius (cotas de R$ 70,4 mil). Em 2013, quando Marin já estava na presidência da CBF, foi a vez de Maria do Carmo deixar a sociedade e Marcus Vinicius aumentou a sua participação para R$ 88 mil para, na sequência, subir a cota para R$ 250 mil enquanto que o pai passou de R$ 264 mil para R$ 750 mil.

Nome sujo

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Marin também está no SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Por causa da sua participação no Comitê Organizador da Copa do Mundo, consta o nome do dirigente em oito títulos protestados, no valor total de R$ 313.526,73. Há ainda outro registro no SCPC de R$ 90,32. Os advogados de Marin não foram localizados pela reportagem para comentar as movimentações financeiras da empresa do dirigente.

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