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A seleção brasileira contou com a individualidade de seus jogadores para vencer o amistoso de preparação para a Copa América diante do México neste domingo. Se ficou longe de ser brilhante, a equipe viu a qualidade de Philippe Coutinho, no primeiro gol, e de Elias, no segundo, marcado por Diego Tardelli levantar a desanimada torcida paulista no Allianz Parque por alguns momentos e garantir o triunfo por 2 a 0, em jogo de ritmo bastante lento.
O time brasileiro soube se aproveitar da fragilidade do adversário, que entrou em campo com uma escalação alternativa, a mesma que vai para a Copa América, já que os titulares disputarão a Copa Ouro. Sem grande esforço, a seleção definiu o placar em duas belas jogadas no primeiro tempo. Depois do intervalo, aproveitou para promover alguns testes e segurou o resultado sem dificuldade.
Foi o primeiro dos dois amistosos do Brasil antes da Copa América. Na quarta-feira, às 22 horas, o adversário será Honduras, no Beira-Rio, em Porto Alegre. A estreia no torneio continental acontecerá no domingo que vem, diante do Peru, na cidade de Temuco, no Chile.
Neste primeiro teste, quem mostrou serviço a Dunga foi o meio de campo da seleção. Elias, Fred, Willian e Philippe Coutinho foram os responsáveis pela criação das principais jogadas da equipe no primeiro tempo. Na etapa final, o ritmo diminuiu consideravelmente e nenhum dos dois lados ameaçou o gol adversário.
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O JOGO - O Brasil começou pressionando a saída de bola mexicana e teve seus primeiros dois bons momentos em jogadas pelo alto, ambos em escanteio, com David Luiz e Fernandinho, que cabecearam para fora. Mas logo a intensidade na marcação diminuiu e os mexicanos passaram a ter mais posse.
O toque de bola adversário na intermediária e os erros do meio de campo brasileiro irritaram a torcida, que logo aos 18 minutos começou a vaiar os jogadores. Os mexicanos ganharam confiança e arriscaram em alguns chutes de fora da área. No mais perigoso deles, Jefferson precisou mostrar reflexo após a bola de Aldrete desviar no meio do caminho.
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O clima insosso da partida, auxiliado pelo silêncio das arquibancadas, só se rompeu aos 27 minutos, quando o talento de Philippe Coutinho apareceu para tirar o zero do placar. Filipe Luis avançou pela esquerda e tocou para o meia. A ginga de corpo tirou Ayala da jogada e deu o espaço necessário para o jogador do Liverpool invadir a área pela esquerda. Mesmo quase sem ângulo, ele bateu por cima do corpo do goleiro e fez um lindo gol.
A desvantagem desestabilizou a defesa mexicana e logo os espaços foram se criando naturalmente, principalmente pelo lado esquerdo. Foi por este setor que Filipe Luis, Willian e Elias fizeram bela triangulação. O volante do Corinthians, então, colocou entre as pernas de Rafa Márquez. Com paciência, esperou a presença de Diego Tardelli e rolou para o atacante marcar o segundo aos 36 minutos.
Antes do intervalo, o México ainda assustaria uma vez mais em chute de fora da área de Güemez, que quicou no gramado e deu um susto em Jefferson, mas a criatividade dos meias da seleção se sobressaia e dava ao Brasil tranquilidade no ataque. Os bons lances construídos por Willian, Philippe Coutinho, Elias e Fred conquistaram os exigentes torcedores no Allianz Parque, que aplaudiram na saída da equipe para o vestiário.
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O segundo tempo começou como o primeiro, sem grandes emoções. Tanto, que a primeira manifestação das arquibancadas veio somente aos 12 minutos, e para reclamar da arbitragem, em entrada duríssima de Rafa Márquez em Willian. Dunga aproveitou para dar chances a alguns reservas. No intervalo, promoveu a entrada de Fabinho. Depois, foi a vez de Roberto Firmino, Everton Ribeiro, Douglas Costa e Felipe Anderson.
Miguel Herrera também mexeu bastante em sua equipe e o México equilibrou as ações. Com uma forte marcação na zona intermediária do campo, impedia a chegada da bola nos homens de criação do Brasil. No ataque, no entanto, os visitantes se mostravam bem menos criativos e apostavam nos cruzamentos, quase sempre interceptados pela defesa.
O jogo era todo no meio de campo, com toques de lado de ambas as partes. A já desanimada torcida só se manifestava para vaiar a posse mexicana. Em sua maioria formada por palmeirenses, aproveitou também para provocar o rival Elias, do Corinthians, quando saiu para a entrada de Casemiro. Nos minutos finais, ainda ameaçou um grito de "olé" no toque de bola da seleção, e apoiou a equipe com aplausos após o apito final.
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