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O Boca Juniors recorrerá à Justiça contra 17 sócios que expulsou e considera envolvidos nos incidentes que levaram à eliminação do clube da Libertadores no clássico do último dia 14 contra o River Plate. O pedido de indenização está próximo dos US$ 7,8 milhões. O clássico argentino disputado pelas oitavas de final não terminou, por uma agressão com spray de pimenta contra jogadores visitantes no intervalo, quando a partida estava 0 a 0.
Entre os nomeados na ação está Adrián "Panadero" Napolitano, que usou o spray e agora sofre ameaças de morte da própria torcida do Boca. Parte dos processados estava no setor da plateia, de onde jogavam garrafas contra os jogadores do River, que só saíram do campo às 0h21 de sexta-feira. O processo foi confirmado ao jornal 'La Nación' e a outros meios argentinos.
O jogo foi suspenso pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), que dois dias depois determinou a classificação automática do River, que nesta quinta-feira perdeu em casa por 1 a 0 para o Cruzeiro. Ônibus que transportavam os brasileiros foram apedrejados na saída da partida, enquanto os torcedores do River cantavam "Nós apoiamos, gás de pimenta não atiramos". O próximo jogo será em Belo Horizonte no dia 27.
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A Conmebol determinou que o Boca também terá de jogar suas próximas quatro partidas em torneios internacionais com portões fechados e não poderá ter torcida como visitante em quatro jogos. Também pagará multa de US$ 200 mil e jogará domingo em casa pelo campeonato nacional também sem torcedores. O clube estima o prejuízo em US$ 7,2 milhões. Há consequências paralelas. A possível renovação do contrato do atacante Pablo Osvaldo, principal jogador do time, pertencente ao Inter de Milão, não ocorrerá. A repatriação de Carlitos Tevez, hoje na Juventus, na metade do ano, que os dirigentes admitiam negociar, não deve sair.
O clube também é alvo de ações judiciais pelo que ocorreu contra o River - seria simples, com auxílio de seguranças, ter isolado o túnel inflável por onde ingressou o River no gramado, colado à grade que separa o campo da arquibancada onde fica a barra brava 12, principal organizada do clube. O advogado Gregorio Dalbón exige do clube e de seu presidente, Daniel Agelici, reparação por danos morais estimada em US$ 17 milhões.
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