22 de Setembro de 2024 • 09:30
Esportes
Em um jogo repleto de altos e baixos das duas equipes, pesou a favor do Barcelona o maior talento de suas peças ofensivas. Messi, Neymar e Suárez infernizaram a defesa adversária
O Barcelona conquistou neste sábado a Liga dos Campeões pela quinta vez e mostrou que não encontrou adversários à altura na temporada 2014/2015 do futebol europeu. Em Berlim, o time catalão venceu um equilibrado duelo diante da Juventus por 3 a 1 e faturou a segunda "tríplice coroa" de sua história, uma vez que já havia conquistado o Campeonato Espanhol e a Copa do Rei.
Em um jogo repleto de altos e baixos das duas equipes, pesou a favor do Barcelona o maior talento de suas peças ofensivas. Messi, Neymar e Suárez infernizaram a defesa adversária e foram responsáveis pelas principais chances da equipe catalã. A Juventus apostou na marcação por pressão e nos contra-ataques para tentar sair com a vitória, e até deu certo em alguns momentos, mas o volume de jogo espanhol foi maior e garantiu o triunfo.
O título deste sábado coroa mais uma vez a geração que vai se aproximando do fim. Foi o quinto troféu de Liga dos Campeões da história do Barcelona, sendo o terceiro desde 2006, todos levantados por nomes como Piqué, Iniesta e Messi. Parte importantíssima nesse processo, Xavi viveu dia especial no Estádio Olímpico e levantou a taça mais cobiçada do continente no dia de sua despedida do clube.
De quebra, a conquista garantiu o Barcelona em mais uma disputa de Mundial de Clubes. Em dezembro, o time catalão viaja ao Japão para tentar seu terceiro título da competição. Auckland City, campeão da Oceania, e América do México, vencedor do torneio da Concacaf, também já estão confirmados.
O JOGO - A Juventus começou marcando por pressão, incomodando a saída de bola do Barcelona, e bateu ao gol pela primeira vez antes de um minuto. Mas na primeira ida do time catalão ao ataque, a defesa italiana bobeou e o placar foi inaugurado. Logo aos três minutos, Alba recebeu lançamento e deixou com Neymar, que viu a infiltração de Iniesta e tocou. O espanhol aproveitou o cochilo de Vidal, invadiu sozinho e rolou para Rakitic, que finalizou praticamente sem goleiro.
A Juventus não se abalou e respondeu aos sete. Em contra-ataque bem armado pela direita, Morata deixou Mascherano no chão e rolou na entrada da área para Vidal, que bateu por cima. No minuto seguinte, Neymar passou entre os marcadores e chutou firme, rente ao ângulo esquerdo de Buffon.
O Barcelona passou a utilizar a principal arma da Juventus, a marcação por pressão, e o time italiano se complicou na saída para o jogo. Em um desses roubos de bola, Messi acionou Suárez, que rolou na entrada da área para Daniel Alves. O brasileiro finalizou firme, mas Buffon espalmou para fazer linda defesa.
Mesmo em desvantagem, a Juventus não mudou sua estratégia. Marcava o Barcelona no campo ofensivo e quando roubava a bola apostava no contra-ataque. Foi assim que criou duas boas oportunidades, com Morata e Marchisio em finalizações de fora da área, mas em ambas a bola passou rente à trave.
Só então o jogo finalmente diminuiu de ritmo. O Barcelona ficava com a posse de bola, mas não conseguia infiltrar na forte marcação da Juventus, que, por sua vez, continuava apostando no contra-ataque. Somente quando Suárez conseguiu duas escapadas, já na reta final do primeiro tempo, a torcida se levantou novamente. Na primeira, ele bateu rente à trave. Na segunda, Buffon parou o uruguaio.
A Juventus mostrou que voltou diferente para o segundo tempo e foi para cima, mas abriu espaço para os contra-ataques. No primeiro deles, o ataque catalão atacou com cinco jogadores contra três marcadores, Rakitic rolou para Suárez, mas Buffon fez outra grande defesa. Aos cinco minutos, Messi, Suárez e Neymar fizeram uma linda triangulação e o argentino bateu por cima.
O Barcelona abusou dos gols perdidos, e aí a Juventus aproveitou para marcar logo em sua primeira oportunidade. Aos nove minutos, Marchisio deu lindo passe de calcanhar para Lichtsteiner, que avançou pela direita e rolou no meio. Tevez girou o corpo sobre a marcação e bateu. Ter Stegen fez grande defesa, mas a sobra ficou no pé de Morata, que empurrou para o gol vazio.
O gol mudou completamente o panorama da partida. A Juventus ganhou confiança, acabou com a dominância do Barcelona na posse de bola e se impôs. Assim, criou nova oportunidade aos 17, quando Morata avançou pela direita, cortou a marcação e tocou para Marchisio, que rolou para Tevez bater com perigo.
Quando o time italiano dominava a partida, o talento de Messi definiu a favor do Barcelona. Aos 19 minutos, ele puxou rápido contra-ataque, passou como quis por Barzagli e finalizou. Buffon espalmou para o meio da área e Suárez chegou para estufar a rede.
Era a vez da Juventus se desestabilizar com o gol, e não demorou para o Barcelona ter a chance de matar o jogo. Aos 27 minutos, Neymar recebeu cruzamento da esquerda. Sozinho, quase na pequena área, cabeceou contra a própria mão, a bola desviou sua trajetória e entrou. O auxiliar na linha de fundo viu e ajudou o árbitro a anular o lance.
A Juventus era todo ataque e ameaçava nas cobranças de escanteio mas o Barcelona estava bem mais estabelecido em campo e levava perigo a cada contra-ataque. Piqué chegou a ter grande oportunidade aos 36, mas jogou por cima. O time de Turim, sem fôlego, ainda tentou a resposta em chutes de longe. Em um deles, Marchisio exigiu grande defesa de Ter Stegen.
Com o time todo no ataque, a Juventus cedeu espaço para um último contra-ataque do Barcelona, e este foi fatal. Neymar foi lançado, tocou para Pedro e recebeu de volta dentro da área. O brasileiro dominou e fuzilou Buffon, aos 50 minutos.
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