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Barcelona é indiciado por possível fraude fiscal em transação de Neymar

Para os fiscais, o time catalão criou uma série de contratos simulados e tentou burlar a Receita. Se condenado, terá que pagar os impostos e ainda terá que responder criminalmente

Publicado em 20/02/2014 às 13:55

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Nesta quinta-feira, o juiz Pablo Ruz aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público e indiciou o Barcelona devido à suposta evasão fiscal na contratação do atacante Neymar. Com isso, as investigações foram abertas e o caso será investigado pela Justiça do país.

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“Os presentes indícios são suficientes para abrir investigação sobre um possível delito contra a Fazenda Pública por parte da entidade Futbol Club Barcelona”, explica o juiz na decisão. Especula-se que o clube espanhol tenha deixado de pagar 9,1 milhões de euros (cerca de R$ 29,7 milhões) em impostos ao não declarar todos os contratos com o Neymar aos fiscais de renda da Espanha, o que resultaria na evasão fiscal. O Barcelona, porém, afirma que não cometeu nenhum delito.

Para os fiscais, o time catalão criou uma série de contratos simulados e tentou burlar a Receita com uma manobra financeira. Sete dos documentos citados estão assinados por Josep Maria Bartomeu, o atual presidente do Barcelona. Se o clube for condenado, terá que pagar os impostos e ainda terá que responder criminalmente.

Até então, apenas o ex-presidente do time azul e grená, Sandro Rossell, estava sendo diretamente investigado no caso, por ter sido responsável pela contratação de Neymar – ele inclusive renunciou ao cargo por causa da polêmica –, mas a promotoria entende que o Barcelona, como pessoa jurídica, também deve ser responsabilizado pela suposta evasão. Como o juiz aceitou o argumento, o time está oficialmente sob investigação por fraude fiscal.

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Promotoria ainda defende que Neymar também deveria ser investigado também por possível fraude fiscal (Foto: Divulgação)

A transferência do atacante brasileiro foi fechada em maio do ano passado, mas o clube espanhol e o pai de Neymar admitiram recentemente que já tinham acerto preliminar desde 2011, quando o Barça já teria adiantado R$ 3,2 milhões para ter prioridade de compra assim que o vínculo com o Santos se encerrasse. Depois de anunciar que o jogador havia custado cerca de R$ 182 milhões, o time da Catalunha acabou reconhecendo que o valor real do craque passava de R$ 265 milhões.

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