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A classificação à final do Campeonato Paulista fez com que o elenco santista se libertasse do rótulo de quarta força do Estado e, desde então, jogadores, comissão técnica e dirigentes se sentiram no direito de rebater as previsões que foram feitas por muitos analistas, torcedores e jornalistas no início da temporada, quando o Santos conviveu com salários atrasados, debandada de atletas e ações na Justiça. Após Marcelo Fernandes e Modesto Roma Jr desabafarem durante a semana, nesta quarta-feira foi a vez de Ricardo Oliveira voltar ao assunto.
"Quero perguntar o seguinte? Como um clube como Santos, com Robinho, Renato, Gabigol, Geuvânio, Lucas Lima, Alison, Braz... estou falando de jogadores que já estavam, jogadores que subiram, como um clube, com esses jogadores, pode entrar em competição desacreditado?", questionou o camisa 9, um dos reforços contratados durante a pré-temporada carregado de desconfiança.
"Ah, o clube passava por problemas, jogadores na Justiça, é o que aconteceu. Agora, tratar o Santos da forma que foi tratado é falta de respeito com a história do clube. Não se pode falar que vai entrar no Paulista e vai sofrer, correndo o risco de cair", disse.
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O centroavante, hoje artilheiro do Paulistão com 10 gols, admitiu que as críticas e ponderações feitas há três meses serviram de motivação para o grupo e minimizou as dificuldades do clube em manter as contas em dia.
"Estamos vendo que o Santos não é o único que sofre. Todos os clubes sofrem financeiramente, até mesmo para montar elenco. Outra coisa: os quatro que chegaram na semifinal foram os grandes. Tudo isso serviu de motivação para nós. Viemos, trabalhamos firme e estamos na final. Olha como as coisas mudam", comentou, mais uma vez falando diretamente ao jornalistas que estavam presentes à sala de imprensa do CT Rei Pelé, durante a entrevista coletiva.
"Para nós, é bacana. Sabemos que conquistamos com trabalho. Hoje, as pessoas valorizam esse trabalho, porque não ficamos falando nada. É bacana falar muitas coisas para vocês, mas, se não fizer gol e não ganhar, não adianta. Vão cobrar, futebol é isso. Serviu de motivação, fez o time crescer. Hoje, estamos em uma final", resumiu.
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Agora, a história parece ter mudado de lado. O Peixe faz dois confrontos contra o Palmeiras para definir o campeão do Estado e chega até com certo favoritismo, principalmente por ter a possibilidade de fazer o segundo jogo na Vila Belmiro.
"Tomara que a gente consiga o título para coroar o grande trabalho que se iniciou pouco mais de três meses atrás", encerrou Ricardo Oliveira.