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Diretamente interessados no acerto entre WTorre e Palmeiras, a AEG e a Allianz estão preocupadas e já pediram para a construtora se entender com o clube o mais rápido possível. A tendência é de que a obra do estádio atrase ainda mais e já se fala da possibilidade da construção ficar pronta apenas em outubro de 2014, após a data do centenário do Palmeiras, no dia 26 de agosto. Oficialmente, a previsão da conclusão da obra continua sendo abril.
A reportagem conversou com representantes da AEG e da Allianz e eles deixaram claro que a ideia é não tomar partido na briga - pelo menos por enquanto - entre clube e construtora, mas exigem uma solução rápida para o prejuízo não ser ainda maior para todos os envolvidos. A AEG é responsável pela realização e comercialização de eventos na arena e a Allianz comprou os direitos do nome do estádio por US$ 300 milhões.
A AEG já contratou a banda inglesa One Direction para dois shows, nos dias 10 e 11 de maio de 2014, no estádio do Palmeiras, e os ingressos para o primeiro dia da apresentação do grupo estão esgotados. A organizadora do evento diz que vai esperar mais algumas semanas para aguardar um acordo entre Palmeiras e WTorre e, caso não aconteça, deve entrar em contato com os compradores dos bilhetes e comunicar a alteração de local do show. O Morumbi é uma opção.
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"Acreditamos que não seria interessante para ninguém essa demora Se cada um dos lados ceder um pouco, acho que todo mundo sai ganhando e teremos a arena que, não só os palmeirenses, mas toda a cidade espera", disse um membro da AEG.
A ideia era que antes da apresentação do One Direction fosse realizado um mega show com uma banda ou um astro internacional. Rolling Stones, Jennifer Lopez e Paul McCartney são alguns dos cotados. O temor das empresas é que se o acordo entre construtora e clube não sair, a briga vai para Câmara da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e isso pode atrasar a obra por até um ano, ou seja, apenas em 2015 os shows e jogos poderiam ser realizados.
O ponto de maior divergência está em relação à comercialização de cadeiras. A WTorre alega que é a responsável pela venda de todos os lugares da arquibancada enquanto que o Palmeiras diz que a construtora tem apenas 10 mil cadeiras sob sua supervisão. A relação pessoal entre Walter Torre e Paulo Nobre é tão ruim que clube e construtora resolveram contratar intermediários para falar em nome das partes nas reuniões de conciliação. E eles ainda contarão com um terceiro negociador, que ficará neutro na discussão.
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Marmita
Nesta quinta-feira, um grupo de cerca de 100 operários fez um protesto em frente à arena contra a qualidade da alimentação fornecida aos trabalhadores na obra. Eles reclamaram que alguns operários passaram mal por causa da comida. A WTorre informou que nesta quinta mesmo o contrato com o fornecedor foi rescindido e que uma nova empresa assumiu a operação. A construtora alega que a alimentação dos operários é avaliada diariamente por nutricionistas que coletam amostras de tudo o que é servido.
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