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Aquele que foi o homem mais poderoso do futebol mundial saiu nesta quinta-feira da sede da Fifa pelas portas do fundo, em um carro com vidros negros e coberto por um casaco para que não pudesse ser identificado. Joseph Blatter, que esteve na Fifa por 40 anos, sofreu o maior abalo de sua carreira com a punição recebida e pode nunca mais voltar a pisar na entidade.
Seu perfil nas redes sociais foi apagado e ele está impedido de manter qualquer contato com o mundo do futebol, ainda que deva apresentar um recurso. Blatter, investigado pelo FBI nos Estados Unidos, também não pode sair da Suíça, sob o risco de ser preso. Em seu país, ele ainda é pressionado por ex-aliados, como a Coca-Cola, Visa ou Budweiser a deixar imediatamente o poder.
Pelos prazos do Comitê de Ética, Blatter poderia voltar a assumir o cargo de presidente no dia 20 de fevereiro de 2016, quando a suspensão terminaria, seis dias antes das eleições que ele mesmo convocou em junho passado diante da pressão internacional.
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Aliados de Michel Platini já começaram nesta quinta-feira a ventilar a teoria de que a iniciativa de punir a todos foi uma forma que Blatter encontrou para eliminar seus adversários, enquanto ele poderia retornar ainda para presidir e entregar a Fifa a um próximo presidente, de preferência um aliado seu.
Fontes do Comitê de Ética deixaram claro à reportagem que caberá ao Comitê Executivo da Fifa julgar se o suíço deve ou não retornar ao cargo no fim do prazo e caso ele não tenha já sido condenado de forma definitiva.
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