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Após errar 18º pênalti, Ceni perde posto de batedor até para Ganso

A definição surpreende porque, na semana passada, antes do jogo em Brasília, o treinador saiu em defesa do camisa 1 e confrontou as críticas dirigidas a ele

Publicado em 22/08/2013 às 12:24

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Rogério Ceni não é mais o primeiro batedor de pênalti do São Paulo. Nem o segundo. Paulo Autuori estabeleceu que, caso Jadson - que assumiu o posto do goleiro e errou penalidade no domingo, no empate com o Flamengo - não esteja em campo, o responsável por uma eventual cobrança será Paulo Henrique Ganso.

A definição surpreende porque, na semana passada, antes do jogo em Brasília, o treinador saiu em defesa do camisa 1 e confrontou as críticas dirigidas a ele depois dos dois erros em menos de duas semanas. "Muitos pênaltis perdidos na carreira? Tive a preocupação de fazer um levantamento disso. O percentual dele é altíssimo, mais alto do que alguns jogadores que são especialistas e jogam na linha. Posso comprovar isso com dados", falou.

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Goleiro-artilheiro efetuou 80 cobranças na carreira (Foto: Alex Silva/Estadão)

Autuori não apresentou os dados. Com os que perdeu contra Bayern de Munique (na derrota por 2 a 0, pela Copa Audi, em 31 de julho) e Portuguesa (na derrota por 2 a 1, pelo Campeonato Brasileiro, em 11 de agosto), Ceni chegou a 18 pênaltis desperdiçados de 80 batidos na carreira, incluindo os válidos por disputas mata-mata.

O aproveitamento de 77,5% não foi considerado o bastante pelo treinador, que talvez leve em consideração outros fatores, como a pressão psicológica ou declaração antiga do jogador de que, por conta de incômodo, só consegue usar o lado do pé direito e bater com qualidade no canto esquerdo do adversário, "porque com o peito do pé doeria muito". Desde que se machucou em dividida com o corintiano Alexandre Pato, em 31 de março, realmente foi assim. E ele converteu metade, contra The Strongest (no dia em que assumiu a dor) e Atlético-MG.

Ceni, no entanto, garantiu há cerca de um mês que se livrou do trauma no local. Pelo menos foi isso o que disse para rebater Adalberto Baptista, quando o então diretor de futebol declarou que suas reposições de bola estavam sendo prejudicadas pelas dores no pé.

Outra polêmica recente do ídolo envolveu Ganso. Ney Franco, antecessor de Autuori no comando técnico, disse que o goleiro "fritava" o companheiro nos corredores do clube. Ambos negaram qualquer problema. Principalmente o meia, que agora toma a sua frente na ordem de cobradores de pênalti da equipe. Mesmo tendo errado uma cobrança decisiva neste ano, na semifinal do Campeonato Paulista, frente ao Corinthians, no Morumbi.

Diante da nova responsabilidade, Ganso promete se preparar. "Tem que treinar bastante não só pênalti, porque isso faz parte do jogo. Mas principalmente as finalizações. E todos têm que treinar, para, quando aparecer oportunidade, matar as partidas", falou o camisa 8, na quarta-feira pela manhã, dia em que Ceni, no intervalo de um treino técnico, cobrou três pênaltis no reserva Leonardo: chutou um por cima do travessão e acertou a bola na rede duas vezes.

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